Mineira rompe barreiras em busca do bi no motocross

Gláucio Castro - Hoje em Dia
29/11/2014 às 10:09.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:12
 (FRED MANCINI)

(FRED MANCINI)

Ela adora fazer as unhas, cuidar do cabelo e passar perfume. “Sou super vaidosa”, confessa. Mas neste sábado (29) e domingo (30), a piloto Mariana Balbi só quer saber de moto, barro e adrenalina.   Aos 29 anos, esta mineira de Belo Horizonte pode conquistar neste fim de semana o bicampeonato da Copa Minas Gerais de Motocross, categoria MX3, deixando muito marmanjo sujo de lama pelo meio do caminho no Mega Space, em Santa Luzia.   É isso mesmo. Como as competições nacionais não contam com categorias femininas, Mariana é obrigada a competir entre os homens. A bela piloto lidera a categoria com 75 pontos, seguida por Stefany Serrão, com 62, e André Stocovich, com 50.   Para levantar a taça nesta final, Mariana precisa apenas chegar entre os oito primeiros. Quem quiser acompanhar a disputa não precisa pagar nada. A entrada é gratuita.   Competir entre os homens não é novidade para ela. “No início, tinha um certo preconceito sim. Já chegaram até a jogar motos em cima de mim para não me deixar vencer. Mas aos poucos eles viram que eu não estava ali atoa. Viram que eu queria competir de verdade e hoje é bem tranquilo”, relembra.   No ano que vem, ela deve se mudar para a Europa para disputar o Mundial Feminino de Motocross. “Este é meu grande objetivo. Estou estudando as propostas”, projeta. Mariana já disputou algumas etapas do Mundial, mas nunca a competição inteira, como deseja.   Enquanto avalia as possibilidades, a piloto foca em mais um título, que pode vir neste fim de semana. “Tenho uma vantagem considerável, não posso negar. Mas como tem chovido muito e a previsão é de chuva na hora da prova, tudo pode acontecer”. Ela acelera às 9h deste sábado (29) para o treino classificatório.   Filha de Jorge Balbi e irmã de Antônio Jorge Balbi, pilotos mineiros conhecidos nacionalmente, Mariana sempre teve no sangue a paixão pelo motocross. A mãe dela, Norma Balbi, não compete, mas também não quis ficar de fora. É uma espécie de líder da turma fora das pitas.

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