Vamos bater um papo sobre futebol, menino”. Foi desta maneira que o cantor Agnaldo Timóteo recebeu a reportagem do Hoje em Dia em um hotel de Belo Horizonte. Mineiro de Caratinga, no Vale do Aço, o artista está eufórico com o acesso de Botafogo e América, os dois clubes do coração, à Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro.

Torcedor do alvinegro carioca desde 1948, por influência do irmão Carlito, Agnaldo apaixonou-se pelo Coelho sete anos depois, quando se mudou para a capital mineira.

“No ano em que cheguei aqui (1955) meu clube passou a ser o América. É uma paixão irretocável que sinto”, conta o artista. Na capital, ele trabalhava de torneiro mecânico.

Morador do bairro Santa Efigênia nos anos 50, quando nem imaginava se tornar um cantor de sucesso, Agnaldo era frequentador assíduo do Otacílio Negrão de Lima.

A Alameda, como era conhecido, foi o primeiro estádio construído para receber partidas do Coelho. “Vi grandes partidas, defesas maravilhosas do Jardel, os gols do Guga, a velocidade do Ari pela ponta esquerda e muitas outras coisas na Alameda”, relembra Timóteo.

Moral na CBF

Espectador em duas Copas do Mundo, o artista bate no peito e se diz responsável pela convocação de Romário para o Mundial dos Estados Unidos, em 1994.

“Tive interferência direta na convocação do Romário. Liguei para o Ricardo Teixeira e para o Parreira e questionei os dois”, conta. “O Parreira disse que assim que ele (Romário) estivesse bem fisicamente seria convocado”, acrescenta.

Mesmo alucinado por futebol, Timóteo não frequenta mais os estádios. O motivo? Ele diz ter medo de sofrer um ataque cardíaco vendo a “falta de inteligência de alguns jogadores”.

Torcendo pelo sucesso do Coelho na Série A em 2016, Agnaldo vibra ao saber que o clube renovou contrato com o técnico Givanildo Oliveira. “Conheço o Givanildo desde 1968, quando ele jogava em Recife. Sempre o admirei”, comenta o cantor.

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