A vitória por 2 a 0 sobre a Costa Rica, na manhã desta sexta-feira (22), na Arena Zenit, em São Petersburgo, mais que deixar o time de Tite dependendo apenas dele para chegar às oitavas de final da Copa da Rússia, recupera o bom retrospecto da Seleção jogando com a camisa azul em Mundiais, pois no último jogo com ela o Brasil tinha sido derrotado pela Holanda por 2 a 1, em 2010, nas quartas de final na África do Sul.

Foi apenas a 11ª partida do Brasil com a sua camisa número 2 em Copas, mas ela é mais antiga que a tradicional amarelinha. Há 80 anos, na estreia do Brasil no Mundial da França, os 6 a 5 sobre a Polônia, com um hat-trick de Leônidas da Silva, em confronto que foi para a prorrogação, teve o manto azul brasileiro em campo pela primeira vez na competição.

A camisa amarela só começou a ser usada no Mundial de 1954, na Suíça, pois ela foi um dos reflexos da Tragédia de 1950. Até então, o uniforme número 1 do Brasil era branco.

Na Copa seguinte, em 1958, a camisa azul entrou para a história, pois depois de jogar toda a competição de amarelo, o Brasil decidiu o título contra a Suécia usando o manto número 2.

O fato, que gerou certa preocupação dos jogadores por superstição, gerou uma frase histórica de Paulo Machado de Carvalho, chefe da delegação brasileira: “Azul é a cor do manto de Nossa Senhora Aparecida. A padroeira do Brasil está conosco”.

Depois de três Mundiais (1962, 1966 e 1970), a camisa azul foi ser usada novamente em 1974, na Alemanha. E lá surgiu a primeira derrota, por 2 a 0 para a Holanda, no jogo que tirou o Brasil da final da competição. Antes, a Seleção já tinha feito 2 a 1 na Argentina com ela. Os dois jogos foram pelo quadrangular semifinal.

TETRA

No quadrangular semifinal de 1978, a camisa azul foi novamente usada, num 3 a 1 sobre a Polônia. Depois de mais três edições (1982, 1986 e 1990) sem entrar em campo, ela foi uma marca do tetra, pois o Brasil usou o segundo manto em três das sete partidas que disputou nos Estados Unidos. Inclusive nas quartas, contra a Holanda, e na semifinal, diante da Suécia, que já tinha sido adversária na fase de grupos, quando a Seleção também jogou com seu uniforme número 2.

No penta, em 2002, o azul também esteve presente, pois os 2 a 1 sobre a Inglaterra, nas quartas de final, foram com ela, que sofreu sua segunda derrota oito anos depois, na África do Sul, num 2 a 1, mas para a Holanda.

Agora, os 2 a 0 sobre a Costa Rica fazem com que o retrospecto do Brasil com a camisa azul seja de oito vitórias, um empate e duas derrotas. A definição da vaga nas oitavas, na próxima quarta-feira, contra a Sérvia, às 15h (de Brasília), em Moscou, será com a amarelinha.

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