(Arte HD/Dum)
A discussão sobre as escolas sul-americana e europeia é sem fim. Mas no momento, eles estão na frente. E uma prova é que em meio à maior crise técnica da história do futebol brasileiro, nossos treinadores estão buscando atualização é no Velho Mundo.
Quem já percorreu este caminho, e agora colhe os frutos, é Mano Menezes, técnico do Cruzeiro, time que tem a maior invencibilidade atual da Série A (10 jogos) e que recebe o Sport, hoje, às 17h, no Mineirão, obrigado a vencer para manter vivo o sonho do G-4.
A briga pela vaga na Libertadores só se tornou possível graças ao novo comandante, que tirou a Raposa da batalha contra o rebaixamento para colocá-la na primeira metade da tabela.
E a arrancada do Cruzeiro, que sob o comando de Mano tem aproveitamento de 63,88%, inferior apenas ao do Corinthians, é uma prova de que o treinador conseguiu transformar um time que não rendia nas mãos de Marcelo Oliveira e Vanderlei Luxemburgo numa equipe competitiva.
O sucesso de Mano Menezes na Toca II não é fruto apenas do curso de treinadores da Uefa, que ele fez em Portugal, entre 25 de maio e 1º de julho, desembolsando cerca de R$ 16 mil.
Mas as 250 horas de aulas teóricas e práticas, num regime de internato, em Fátima, com certeza capacitaram ainda mais o treinador que coloca o Cruzeiro como um dos destaques da reta final da temporada.
“Tive algumas propostas desde o início do ano, mas já tinha me planejado para fazer o curso em Portugal, pois pela primeira vez seria num período em que eu poderia. Foi uma posição pessoal e saí de lá muito satisfeito, pois o curso superou minhas expectativas”, explica Mano.
O caminho seguido por ele já tinha sido feito por Tite, no ano passado, está sendo percorrido por Muricy Ramalho, este ano, e será o destino de Ney Franco, no ano que vem. Definitivamente, nossos professores decidiram ser alunos na Europa.
E a bela campanha do Corinthians, e a arrancada do Cruzeiro, aparecem como provas de alunos aplicados.