Na explicação do vexame, Mano fala em buscar equilíbrio num time que só defende ou ataca

Alexandre Simões
18/05/2019 às 21:33.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:43
 (Bruno Haddad/Cruzeiro)

(Bruno Haddad/Cruzeiro)

A entrevista coletiva do técnico Mano Menezes após a goleada de 4 a 1 sofrida para o Fluminense na noite deste sábado (18), no Maracanã, pela quinta rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, deixa no ar a impressão de que o resultado foi obra do acaso.

“Nós empatamos na quarta-feira e jogamos menos do que hoje. Tivemos sete oportunidades contra uma. A meu ver, no primeiro tempo, deveríamos sair com a vitória, mas não saímos. Agora é hora de apanhar. Ouvir as críticas, tomar pancadas e trabalhar. Nem me lembro a última vez que uma equipe minha tomou quatro gols. É nossa hora de ouvir. E falar menos. Tomamos gol de bola parada, que não é costume. O gol ridículo no segundo gol. Um gol ridículo no quarto gol. A responsabilidade é do treinador. Quando muitas coisas estão erradas é o técnico quem tem de resolver”, analisou o treinador cruzeirense, que segue com a estratégia de justificar jogo por jogo num contexto em que o Cruzeiro não consegue jogar bem há muito tempo.

A falta de intensidade do time cruzeirense, que parece jogar numa velocidade diferente do adversário em vários momentos, poderia evidenciar um problema físico. Mas o comandante garante que a questão é tática: “Acho que não. Sempre que me perguntam isso gosto de tocar num ponto importante. Seria cômodo para mim jogar para a preparação física questões que são táticas”.

Mano garante que não há questões externas influenciando no time neste momento: “A direção do Cruzeiro tem nos tratado de forma muito correta. Nós que não estamos conseguindo entregar aquilo que é o nosso nível. Não há o que justifique. Só nossa falta de capacidade de resolver”.

O mais grave na entrevista do treinador é ele afirmar que o Cruzeiro não tem equilíbrio, apesar de já terem transcorrido quatro meses da temporada. Para ele, o time ou defende ou ataca. E que vai tentar buscar a palavra mágica do futebol, que é o equilíbrio.

“Uma equipe não pode se apegar apenas a uma maneira de jogar futebol. É pouco. Vamos trabalhar e encontrar um equilíbrio para a equipe novamente para que a gente faça o que fez na Libertadores na primeira fase”, afirmou Mano.

O problema é que a primeira fase da Libertadores já é passado. E o futuro do Cruzeiro, a cada péssima apresentação do time, fica comprometido.

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