
Em menos de um minuto, o torcedor do Cruzeiro vivenciou os dois lados da moeda. Aos 12 do segundo tempo, Sassá aproveitou um vacilo da defesa do Athletico-PR e empurrou para as redes, na Arena da Baixada, na noite desta quarta-feira (6). Um gol que daria o alívio necessário ao time celeste na luta contra o rebaixamento do Brasileiro. Só que a arbitragem assinalou irregularidade, anulando o tento. E não ficou por aí. Por ter ‘matado’ a bola com o braço, o atacante recebeu o segundo amarelo no jogo e, consequentemente, o vermelho.
A expulsão praticamente tirou dos azuis a possibilidade de uma vitória. Por conta disso, o empate em 0 a 0 acabou sendo um bom resultado. Graças a ele, a Raposa chegou a 34 pontos, provisoriamente em 14º lugar na classificação. A equipe estrelada tem um a mais que Botafogo e Ceará e três de vantagem sobre o Fluminense, clube que abre a zona da degola. Esses três times jogam nesta quinta-feira (7), no encerramento da 31ª rodada da competição nacional.
Agora, o Cruzeiro foca na preparação para o clássico deste domingo (10), diante do Atlético, no Mineirão. Na jornada seguinte, encara o Avaí, no dia 18, também no Gigante. Será uma série decisiva para o time tentar se afastar ainda mais do Z-4.

Mudanças
A Raposa entrou em campo com Sassá, no lugar de Fred, suspenso, e Edilson na vaga de Orejuela, que havia recebido o vermelho contra o Bahia. A zaga foi formada por Cacá e Fabrício Bruno, dupla que novamente desempenhou um bom papel no confronto.
Fábio brilha
Não faltou luta por parte das duas equipes no primeiro tempo. De um lado, um Athletico-PR obrigando o goleiro Fábio a operar alguns ‘milagres’: foram pelo menos seis defesas difíceis do camisa 1 celeste. Do outro, um Cruzeiro valente, embora um pouco afoito, e levando certo perigo ao gol do Furacão em algumas ocasiões. O destaque ofensivo celeste foi Sassá, que se movimentou bastante, se alternando nas funções de centroavante e ponta.
O empate em 0 a 0 acabou sendo justo por conta da incompetência de ambos os times no quesito ‘finalização’ – e, obviamente, à ótima performance de Fábio. As maiores emoções, no entanto, ficaram para o segundo tempo do embate.
Azar e raça
Na volta do intervalo, Sassá continuou a incomodar – e muito – a retaguarda paranaense e conseguiu balançar as redes. Mas a arbitragem assinalou irregularidade, apontando toque no braço do avante, que, inclusive, recebeu o segundo amarelo e foi expulso.
Isso obrigou aos jogadores do Cruzeiro a se desdobrarem em campo para, no mínimo, segurarem o empate. Apesar da desvantagem numérica em campo, os celestes ainda criaram algumas situações de gol. Em uma delas, Ezequiel acertou a trave.
Nos minutos finais, o Cruzeiro precisou suportar uma pressão dos donos da casa. Com muita raça e atenção, o time celeste obteve êxito em sua missão e comemorou o valioso ponto longe de seus domínios.