Em 6 de agosto de 1969, na vitória por 2 a 0 do Brasil sobre a Colômbia, Pelé completava 70 partidas oficiais pela Seleção, mais de uma década depois da estreia na equipe, em 1957.

Naquele jogo, em Bogotá, pelas Eliminatórias para o Mundial do México, o Rei, então com 28 anos, já tinha disputado três Copas (1958, 1962 e 1966) e vencido as duas primeiras.

A mesma marca será alcançada nesta sexta-feira (25) por Neymar, na partida contra o Uruguai, às 21h45, na Arena Pernambuco, em Recife.

Pode parecer vantagem ele chegar ao 70º jogo pela Seleção com apenas 24 anos, pouco mais de cinco depois da sua estreia. Mas não é, pois o currículo com a camisa amarela ainda é pequeno, sendo a maior conquista a Copa das Confederações de 2013.

Superar essa cobrança por taças conquistadas pelo Brasil, algo que pressiona também o seu companheiro de Barcelona, Messi, na Argentina, surge como o grande desafio do brasileiro a partir da temporada de 2016, com ele já consolidado como um dos maiores jogadores do mundo da atualidade.

Nestes 69 jogos, Neymar marcou 46 gols e já ocupa a quinta posição no ranking dos maiores artilheiros da Seleção Brasileira. Nas próximas partidas, ele deve tomar o quarto lugar de Zico, que marcou 48 vezes. À sua frente, ficarão Romário (55 gols), Ronaldo (62) e Pelé (77).Vanderlei Almeida/AFP / N/A

Currículo de Neymar com a camisa amarela ainda é pequeno, sendo a maior conquista a Copa das Confederações de 2013

Probabilidade

Matematicamente, é bem provável que Neymar supere os três, inclusive Pelé. Se conseguir manter a média de 0,66 gol por partida e participar dos 16 jogos oficiais da Seleção neste ano, ele já ultrapassará Romário. Deixar Ronaldo para trás, com a média atual, exigirá 24 jogos. Para superar Pelé, 47 partidas seriam suficientes.

Por mais que estabeleça marcas numéricas, Neymar tem como desafio a honra maior. Romário, Ronaldo e Pelé foram campeões mundiais com a Seleção Brasileira e personagens principais de pelo menos uma conquista. Foi assim com o eterno camisa 10, em 1958, com o Baixinho, em 1994, e com o Fenômeno, em 2002.

Depois da triste história na Copa de 2014, Neymar batalha para ter uma segunda chance na Rússia. Na mais equilibrada de todas as Eliminatórias Sul-Americanas no sistema de pontos corridos, com jogos em ida e volta, vencer o Uruguai, é fundamental para que ele esteja em campo nos gramados russos em 2018.

Ficha técnica
Brasil: Alisson; Daniel Alves, Miranda, David Luiz e Filipe Luís; Luiz Gustavo, Fernandinho, Renato Augusto, Willian e Douglas Costa; Neymar. Técnico: Dunga
Uruguai: Muslera; Coates, Victorino, Alvaro Pereira e Fucile; Arévalo Ríos, Alvaro González (Vecino), Carlos Sánchez e Laxalt (Cristian Rodríguez); Suárez e Cavani. Técnico: Oscar Tabárez
Horário e local: 21h45, na Arena Pernambuco, em Recife
Arbitragem: Néstor Pitanga, auxiliado por Ezequiel Brailovsky e Fernando Rapallini (ARG)
Transmissão: Globo e SporTV

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