(Lucas Prates/Hoje em Dia)
"Nossa insatisfação vai muito além do valor dos ingressos". A afirmação feita por Lásaro Cândido, vice-presidente do Atlético, esquenta ainda mais os bastidores do clássico contra o Cruzeiro, marcado para o próximo domingo (16), no Mineirão.
Além de tentar baixar os preços dos bilhetes, R$ 240 e R$ 150, cobrados pelo rival, mandante do duelo da 25ª rodada do Campeonato Brasileiro, o clube alvinegro exige punição ao celeste por descumprimento de regras e prazos.
De acordo com o dirigente, na ação feita pelo departamento jurídico, existem cerca de 15 laudos, que o mesmo prefere não revelar, para que o adversário não tenha acesso.
"Eles descumpriram prazos, regras e cobram um valor abusivo", diz Lásaro. "Nos enviaram o ofício com o número da conta para depósito depois das 16h, ou seja, fora do expediente bancário. Nem se quiséssemos depositar o dinheiro, poderíamos", acrescenta.
Pelos 5.900 ingressos, o Atlético deveria depositar R$977.010,00. Contudo, insatisfeito com o descumprimento dos prazos e também com a quantia, o clube aguarda a decisão judicial.
"Tentamos qualificar o debate durante a reunião da Federação Mineira, mas os profissionais que estão do outro lado não são qualificados para tal. Fizeram o mesmo em 2014, quando colocaram os ingressos a R$ 1000 (um mil reais) e perderam. Tiveram que pagar R$ 320 mil, que depois foi reduzido para R$ 200 mil e ainda diminuiram os preços", comenta o cartola e advogado.
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Ainda de acordo com Lásaro, caso o rival justifique não ter tempo hábil para confeccionar os bilhetes, em último caso, se necessário for, o Atlético mesmo o fará. Contudo, a esperança do clube alvinegro é que haja punição à Raposa pelos atos errôneos.
"Não queremos vingança e sim debater em auto nível. Não há picuinha da nossa parte. Como profissional, não estou disposto a baixar o nível; o mesmo não acontece do outro lado", finaliza.
Em contato com o Ministério Público, o mesmo afirmou que, possivelmente, o teor da ação será divulgado nesta sexta-feira (14). O resultado, por sua vez, depende do poder judiciário e não tem data prevista.