
Uma vitória em oito jogos pelo Brasileiro; a eliminação na Copa Sul-Americana, e um fato em comum na maioria dos casos: os pontos (ou a vaga) escaparam na segunda etapa. Mais específicamente, no fim dela. Tal qual diante do Vasco, quarta-feira, no Independência. Um sintoma que pode ser interpretado de várias formas, mas que precisa ser cuidado pelo técnico Rodrigo Santana, especialmente diante de Palmeiras e Flamengo, e da expectativa de ainda lutar pela classificação à Copa Libertadores.
Aconteceu com destaque nas duas partidas com o Colón, pelas semifinais da competição internacional. Em Santa Fé, Chará abriu o placar na primeira etapa, diante de um adversário com pouco espaço para criar e neutralizado com facilidade pela marcação alvinegra. Bastou a segunda etapa, no entanto, para que o recuo desse espaço ao time argentino e o colocasse novamente na partida. Morelo e 'Pulga' Rodríguez (aos 40min) deixaram o rival na frente.
Na volta, no Mineirão, a classificação estava mais do que assegurada até os 37min da segunda etapa. Com 2 a 0 no placar, bastaria tocar a bola, atrair o Colón e aproveitar os contra-ataques. Mas um pênalti de Elias em Morelo deu aos visitantes a chance de descontar e igualar o confronto. Nos pênaltis, as cobranças desperdiçadas por Réver e Cazares decretaram o adeus.
No fim
Mesmo quando conseguiu jogar bem, o Galo não escapou da sina. Diante do Corinthians, no Itaquerão, o empate sem gols seria bom resultado, até que um erro de Clayton aos 43 minutos deu, a Gustagol, a chance de garantir a vitória do time do Parque São Jorge.
Erros individuais, mas não só. Problemas na marcação defensiva, incapacidade dos reservas de mudar o panorama do jogo (a exceção veio domingo, diante do Ceará) e queda física na segunda etapa ajudam a explicar um fenômeno cada vez mais preocupante para as aspirações do time, que tem pela frente, em sequência, Palmeiras, Flamengo e Grêmio.