Ainda sob o efeito do ouro olímpico conquistado pela seleção brasileira, no último domingo, sobre a Itália, no Maracanãzinho, o Campeonato Mineiro de Vôlei de 2016 começa nesta sexta-feira com a expectativa de ser o melhor dos últimos tempos, não só pelo momento de alta do esporte no país, mas principalmente pelo nível técnico elevado.

Além do atual bicampeão da Superliga, o Sada/Cruzeiro, candidato absoluto ao título, a competição contará ainda com dois clubes que disputaram as quartas de final da competição no ano passado, o Montes Claros e o Minas. E o time do Norte do Estado entra na competição com o objetivo de incomodar as equipes da capital.

“A expectativa é fazer uma temporada superior, chegar à a final do Campeonato Mineiro e procurar na Superliga ter uma colocação igual ou superior. Acreditamos que com o trabalho que a gente vem desenvolvendo com o grupo que conseguimos montar nesta temporada, temos condição de alcançar esse objetivo”, afirma o treinador Marcelinho Ramos, do Montes Claros.

Além da disputa entre Montes Claros e Minas pelo direito de enfrentar o favorito Cruzeiro na decisão, o Campeonato Mineiro terá ainda como atrações os cruzeirenses William (levantador) e Evandro (oposto), integrantes do time de Bernardinho.

Influência do ouro

O título olímpico, inclusive, enche de esperança os treinadores de que signifique novos tempos para o vôlei, em termos de apoio e praticantes.

“Espero que o resultado da Olimpíada interfira nos rumos do vôlei. Me lembro que em 1992 foi uma febre. Tinha criança jogando nas praças, nas ruas, nas escolas”, analisa o técnico, que destaca o fato de a realidade dos clubes ser bem diferente da vivida pela seleção, principalmente nesses momentos de crise.

O argentino Marcelo Méndez, treinador do Sada/Cruzeiro, acredita que o ouro olímpico precisa ser usado a favor do desenvolvimento do vôlei.

“Acho que essa medalha pode nos ajudar muito. A federação deve aproveitar o resultado para aumentar a quantidade de jogadores, para conseguir patrocínios”, analisa o técnico campeão de tudo.

No Juiz de Fora, Henrique Furtado aposta na revelação de valores. “A medalha de ouro influencia uma geração de novos praticantes, de pessoas que passam cada vez mais a gostar da modalidade”.

 
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