Paixão e esforço de Zanardi levam o atleta e superar cansaço para fazer história

Da Redação
esportes@hojeemdia.com.br
15/09/2016 às 11:05.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:50
 (alexandre vidal/cpb)

(alexandre vidal/cpb)

“Segura o italiano”. Foi assim, em bom português, que um esgotado mas sempre bem humorado Alessandro Zanardi festejou o bicampeonato paralímpico no ciclismo de estrada, prova contrarrelógio.

Quinze anos depois do grave acidente no GP da Alemanha de F-Indy que provocou a amputação de suas duas pernas, o italiano de 49 anos protagonizou um dos momentos de maior emoção dos Jogos do Rio. 

Repetir o resultado conquistado em Londres-2012 foi mais difícil do que ele próprio imaginava.

Além do forte calor no percurso em torno do Pontal, ele era o terceiro na primeira parcial, recuperando-se na segunda metade para bater o australiano Stuart Tripp por 2s74 (o norte-americano Oscar Sanchez levou o bronze). E repetiu o gesto de, no solo, sem as próteses que usa para caminhar, erguer sua handbike para festejar a façanha.

“Foi um esforço inacreditável, a prova foi muito exigente. Não sei o quanto sobrou de energia para as demais provas, mas não importa. Não basta ter ambição, é preciso ter paixão pelo que se faz. E como sou apenas um garoto e tenho muitos projetos na cabeça, ainda espero conseguir outras satisfações como esta na vida. Dedico a medalha a minha mulher, Daniela, a quem tanto amo à minha mãe, que me pôs no mundo, e a meu filho, por quem eu daria a vida”, festejou Zanardi.

Também no ciclismo (categoria C5, para atletas com potência muscular reduzida ou amputados que usam próteses), Lauro Chaman fez história, com um bronze que é a primeira medalha do país na modalidade, superado pelo ucraniano Yehor Dementyev e pelo britânico Alastair Donohoe.

Mais cedo, o atletismo foi responsável por igualar, quatro dias antes do encerramento dos Jogos, o total de medalhas (44) conquistado pela delegação verde e amarela em Londres. Verônica Hipólito ficou com o bronze nos 400m rasos T38 – já havia ficado em segundo nos 100m rasos.

“Esporte de alto rendimento é isso, é querer sempre mais. Sei que esse tempo foi só o início, pois estou treinando há pouco na Seleção Brasileira. Sei que agora tenho muito a melhorar, e vou melhorar. Quero muito orgulhar todo mundo”, destacou a paulista de 20 anos.

No goalball, o Brasil avançou às semifinais tanto no masculino quanto no feminino. Os homens bateram a China por 10 a 3 e encaram hoje os Estados Unidos. Já as meninas suoperaram a Ucrânia por 10 a 0 e voltam à quadra contra a China.

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