Palavrões, cobranças e muita energia: como Luxemburgo mudou o clima na Toca

Alberto Ribeiro - Hoje em Dia
18/06/2015 às 06:30.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:31
 (Washington Alves)

(Washington Alves)

Os maus resultados interromperam de forma inesperada a vitoriosa carreira de Marcelo Oliveira no Cruzeiro. Mas, apenas duas semanas após assumir a vaga, o técnico Vanderlei Luxemburgo já começou a dar nova cara ao time.


E as três vitórias seguidas deixaram a China Azul confiante em dias melhores. Aos poucos, Luxa vem implementando seu estilo no time celeste. As diferenças em relação ao antecessor são evidentes e já estão sendo assimiladas pelo grupo.


Considerado muito preso aos próprios conceitos, Marcelo Oliveira raríssimas vezes abria mão do esquema 4-2-3-1. O sistema imposto pelo antigo treinador no Cruzeiro encantou o país nas conquistas do Brasileiro em 2013 e 2014. Entretanto, não havia muitas variações na maneira de jogar da equipe, e isso prejudicou o comandante bicampeão, principalmente após a reformulação do elenco nesta temporada.


Luxemburgo, por sua vez, enxerga o futebol de outra maneira. Taticamente, é mais flexível e costuma fazer ajustes no time conforme as características de cada adversário. Também encara mais riscos, e seus times costumam ser mais agressivos.


No dia a dia da Toca da Raposa II, as diferenças entre os dois também são nítidas. Sempre sereno, Marcelo gostava do diálogo com os jogadores e adotava o estilo “paizão” dos atletas. Já Luxemburgo adota um tom mais “agressivo”.


Enérgico, o comandante não costuma dar moleza para os jogadores. Tanto que os palavrões são corriqueiros durante os treinos. “Aqui não é igreja. Na beira do campo, não tem como economizar os palavrões”, justifica Luxemburgo.


“O Marcelo tinha a maneira dele de falar, o Vanderlei (Luxemburgo) tem o jeito próprio dele. O Marcelo era mais calado, o Vanderlei fala mais”, compara o atacante Marquinhos.
Muita cobrança


Para o volante Willians, o estilo de Luxemburgo tem sido importante n o rendimento da equipe. “Cada treinador tem uma maneira de trabalhar e um estilo. O Marcelo passou dois anos aqui, ganhou dois títulos brasileiros. O Vanderlei é diferente, mais tático, e cobra muito, o que ajuda, pois faltava um pouco disso. Mas o Marcelo tem seus méritos. Estamos aprendendo a lidar com o Vanderlei, nosso novo professor. Espero que dê certo”.


Suspenso, o camisa 5 está fora do compromisso contra a Chapecoense, neste domingo, às 11h, no Mineirão. A partida é válida pela oitava rodada.


“É um jeito mais durão, diferente do professor Marcelo, que é mais calmo. A gente vai se adaptando” - Pará Lateral-esquerdo
 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por