Para-atletas mineiros são homenageados e sonham com pódios em 2016

Émile Patrício - Do Hoje em Dia
26/09/2012 às 08:01.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:35
 (Andre Brant/Hoje em Dia)

(Andre Brant/Hoje em Dia)

Eles foram admirados pelos brasileiros que assistiram às Paralimpíadas de Londres, no início deste mês. Na terça (25), no Palácio Tiradentes, na Cidade Administrativa, receberam o reconhecimento pela dedicação e superação no esporte.

A homenagem foi promovida pelo governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, que entregou medalhas aos atletas, técnicos e guias mineiros. Apesar do clima festivo, os representantes do esporte paralímpico nacional aproveitaram a oportunidade para cobrar mais apoio do poder público.

“A maioria compete com muito esforço e por amor ao esporte. Esperamos que o governo olhe com carinho para a nossa causa, para que os atletas mineiros possam alcançar mais resultados e voltar do Rio, em 2016, com mais medalhas”, ressalta Carlo Di Franco Michel, técnico do tênis de mesa.

Também participaram da homenagem os tenistas Daniel Rodrigues e Rafael Medeiros, os representantes do atletismo, Carlos Bartô e Isabela Silva Campos, a judoca Deane Silva de Almeida, e os técnicos e guias Cássio Damião e Leonardo Flávio.

Preparação

Os tenistas Daniel e Rafael, primeiro e segundo do ranking brasileiro, respectivamente, disputaram as simples e, juntos, competiram nas duplas. Contudo, foram eliminados na estreia.

“Pegamos um adversário difícil logo de cara, o número 2 do mundo, e não deu para nós, estreantes”, justifica Rafael. “Mas não fomos adversários fáceis. Demos trabalho”, acrescenta Daniel.

No entanto, ambos já deram início à preparação para fazer bonito nos Jogos do Rio 2016. “Começamos os treinamentos esta semana. Não vamos só alcançar a vaga, mas queremos ir mais longe. Vamos jogar em casa e queremos sonhar com um pódio”, projeta o belo-horizontino Rafael.

SUPERAÇÃO

Ele é praticante do tênis na cadeira de rodas desde os 14 anos. Aos dois, teve um cisto na medula e não conseguiu mais andar. “Mas o esporte me salvou de uma vida no marasmo”, pondera.

Já Daniel, nasceu com má formação no pé direito e consegue caminhar com muletas. Na quadra, o tenista de Santa Luzia compete sentado na cadeira e treina, em média, 18 horas por semana.
 

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