A pausa para uma competição internacional da Seleção Brasileira; um interino de pouca experiência que assumiu às pressas e, no retorno às competições, acaba efetivado como treinador. As semelhanças entre o 2018 e 2019 do Atlético no Campeonato Brasileiro são muitas, mas terminam aí. O temor do torcedor de que a "Parte II: a Missão" tivesse o mesmo fim decepcionante do roteiro original não se confirmam. O que fica claro com a análise das cinco primeiras rodadas após a interrupção.
Diferenças
É bem verdade que os dois anos, embora muito parecidos, também têm suas diferenças. No ano passado, a equipe alvinegra perdeu seu principal destaque: o atacante Roger Guedes, negociado pelo Palmeiras, dono de seus direitos econômicos, com o Shandong Luneng, da China.
À aquela altura, o jogador era o artilheiro do Brasileirão. Desta vez, não só o venezuelano Otero retornou de empréstimo ao futebol árabe como o lateral-esquerdo Lucas Hernández, o volante paraguaio Ramón Martínez e o atacante argentino Franco di Santo chegaram, ampliando as opções para o técnico Rodrigo Santana. E se o período foi marcado pelo triste anúncio da despedida de Adílson dos gramados, Jair se mostrou mais do que à altura do antecessor.
O pós-Copa América atleticano foi marcado por 11 pontos conquistados em 15 jogados, fruto de três vitórias (Chapecoense, fora de casa; Cruzeiro e Fluminense, no Independência) e dois empates (Fortaleza, no Horto,e Goiás, no Serra Dourada, com um time misto, pensando na Copa Sul-Americana).
Realidade bem diferente da enfrentada por Thiago Larghi há um ano. Vindo da pausa para a Copa do Mundo da Rússia, o Galo tropeçou diante de Grêmio, Palmeiras (como visitante) e Internacional (em casa); empatou com o Bahia na Fonte Nova e venceu apenas o lanterna Paraná, em Belo Horizonte. Resultados que começaram a minar a continuidade de Larghi – o treinador seria substituído por Levir Culpi em outubro –, mas, principalmente, afastaram o time de Lourdes de um posto no G-4 e da vaga direta na fase de grupos da Libertadores. O que hoje, ainda que com os pés no chão e a política de um passo por rodada, se mostra objetivo mais do que concreto. E, a cinco pontos da liderança (ano passado eram sete), não é absurdo sonhar com bem mais.

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