A Speedo, tradicional fabricante de material esportivo e referência na natação internacional, foi a primeira a interromper seu relacionamento com o nadador norte-americano Ryan Lochte, em consequência do escândalo provocado por ele e três colegas depois da participação nos Jogos Olímpicos do Rio – afirmaram ter sido assaltados quando voltavam de uma festa mas, na verdade, foram interpelados pelo segurança de um posto de gasolina depois que depredaram as instalações. Em um comunicado divulgado pelas principais redes sociais, a marca, que é fornecedora oficial da Federação Norte-Americana de Natação (USA Swimming) oficializou o fim do patrocínio, que se estendia há mais de uma década. E confirmou que US$ 50 mil (cerca de R$ 160 mil), parte do valor destinado ao atleta, serão doados à ONG Save the Children, que trabalha com crianças carentes inclusive no Brasil.
"Embora tenhamos mantido uma parceria vencedora por tanto tempo e ele tenha sido um importante integrante do time Speedo, não podemos aceitar um comportamento que é contrário aos valores que a marca sempre prezou. Esperamos que ele siga adiante e aprenda com os acontecimentos", diz o texto.
Lochte, que tem 12 medalhas olímpicas no currículo – a última delas o ouro no revezamento 4x200m livre no Brasil –, voltou para os EUA antes que a Justiça brasileira determinasse a retenção de seu passaporte. Por mais de uma semana ele insistiu na teoria de que foi vítima de violência e apenas nos últimos dias adotou postura diferente, primeiro com um comunicado em que se considera responsável pelo incidente e pede desculpas a atletas, patrocinadores e público e, mais tarde, em entrevista à Rede Globo, se disse arrependido pela conduta. Além da Speedo, ele corre o risco de perder outros patrocinadores, bem como de ser punido pelo Comitê Olímpico dos EUA (USOC).