Pedrosa garante que concepção do novo estatuto do Cruzeiro será democrática: 'torcedor participará'

Guilherme Piu
@guilhermepiu
09/06/2020 às 20:43.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:44
 (Igor Sales/Cruzeiro)

(Igor Sales/Cruzeiro)

Igor Sales/Cruzeiro

O presidente do Conselho Deliberativo do Cruzeiro garante que o processo de discussão do novo estatuto do clube será democrático e contemplará até sugestão de torcedores. Paulo Pedrosa, em resposta ao Hoje em Dia, garantiu independência nos trabalhos de formatação da "futura Constituição cruzeirense".

"O novo Estatuto será discutido, em todas as esferas no clube, e a comissão também estará aberta a sugestões, discussões e colaboração de todos que vivenciam o Cruzeiro, inclusive os torcedores. Futuramente divulgaremos informações sobre o andamento dos trabalhos", garantiu.

A resposta de Pedrosa acontece após conselheiros cruzeirenses questionarem a formação do grupo que tomará frente nas análises para que um novo estatuto possa ser idealizado. Essa comissão foi formada apenas por juristas, sendo esses magistrados e advogados.

"A escolha da comissão que dará andamento ao processo de modernização do Estatuto do Cruzeiro foi feita com base na contribuição que estes conselheiros podem dar. São pessoas com um grande conhecimento na área do Direito e também com grande vivência dentro do clube. É uma comissão, que será responsável por conduzir os trabalhos, mas não quer dizer que é algo totalmente fechado", explicou.

Antes de deixar o comando do Cruzeiro o Conselho Gestor produziu, por meio do trabalho do então superintendente jurídico Kris Bretas, um estudo para a modernização do estatuto. De acordo com Pedrosa toda a sugestão para que um novo documento seja formulado será levada em conta. 

"A comissão é totalmente independente e todas as propostas enviadas para a comissão serão analisadas", disse.

Questionamentos

No começo da semana os conselheiros Giovanni Baroni, candidato derrotado nas eleições presidenciais do Conselho Deliberativo azul, e Anísio Ciscotto, membro do Conselho Gestor, questionaram o "blocão jurídico" formado para analisar o novo estatuto. 

"Uma pergunta: Por que somente advogados na comissão do novo Estatuto? Não deveria haver uma maior diversidade de conhecimento?", questionou Ciscotto em uma postagem em sua conta particular no Twitter.

A mesma pergunta foi feita por Giovanni Baroni, candidato que terminou com o segundo maior número de votos na eleição do Conselho Deliberativo no fim de maio: "Porque formar comissão apenas com juristas e advogados? Além deles, deveriam também compor a comissão, frequentadores do clube, representante das torcidas, contabilistas e Administradores. Todos com ideias novas para formar um novo Cruzeiro", opinou.

Comissão 

Foram escolhidos para formar essa comissão que formatará um novo estatuto alguns magistrados, como o juiz federal Alexandre Cardoso Bandeira, os desembargadores Antônio Carlos Cruvinel e Antônio Sérvulo dos Santos; os juízes do Tribunal de Justiça de Minas Gerais José Eustáquio Lucas Pereira e Wanderley Salgado de Paiva, o advogado e ex-presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, e o professor de Direito Luciano Santos Lopes, um dos apoiadores de Sérgio Santos Rodrigues durante a campanha presidencial. 

Após a formação da comissão, os trabalhos de análise no estatuto do clube devem ser finalizados em até 60 dias. Após esse prazo os membros deverão iniciar proposições para modernização do documento. 

Depois, quando a proposta de reformulação do Estatuto do Cruzeiro estiver pronta, o documento será apresentado ao Conselho Deliberativo, que terá a missão de colocá-lo em votação numa assembleia geral.

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