Pênalti, expulsão, ira de Kalil e Nepomuceno: árbitro volta ao Horto dois anos após confusão

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
10/07/2017 às 18:10.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:29
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

Depois de quase dois anos, o árbitro Marcelo de Lima Henrique voltará a apitar um jogo do Atlético no Independência. E no duelo contra o Santos nesta quarta-feira, às 19h30, pela 13ª rodada do Brasileirão, a recepção do dono do apito estará longe das "boas-vindas".

Novamente com o distintivo da Federação Carioca de Futebol, Marcelo deixou um rastro de críticas e protestos do lado alvinegro em 2015. Em setembro daquele ano, ele comandou o jogo Galo 0x1 Atlético-PR, numa partida que teve expulsão e pênalti contra o Atlético.

A derrota custou um distanciamento de sete pontos para o líder Corinthians na 22ª rodada. Marcelo de Lima Henrique, com uma atuação polêmica, gerou revolta do ex-presidente Alexandre Kalil, do atual, Daniel Nepomuceno, foi até xingado por um jornalista na saída de campo e relatou arremesso de três objetos em distintos períodos da partida (veja abaixo).

Naquela partida, o juiz era do quadro da Federação Pernambucana de Futebol. Além dele, os assistentes Elan Vieira e Marlon Rafael Gomes também tiveram atuação contestável, com marcações de impedimentos contra o Atlético. 

"Hoje vou pedir perdão para vocês da imprensa, porque ninguém vai falar, só eu. Temos três jogadores indiciados porque é erro atrás de erro e ninguém pode falar nada. Se for para suspender, vão suspender o presidente. O senhor Sérgio (Correa) não tem condições de pisar amanhã (quinta-feira) na CBF. Ele tem que ser afastado agora, porque ele não vai conseguir acabar com o futebol. Não adianta ficar presidente de clube toda semana tentando moralizar e ajudar a CBF sem que este senhor, que já teve o prazo e reconheceu os erros, continue", disse Nepomuceno.

Já Alexandre Kalil, bem antes de pensar em ser prefeito de Belo Horizonte e afastado do clube mineiro, foi até o Twitter protestar contra o mesmo Sérgio Correa, presidente da comissão de arbitragem da CBF, ainda chamou Marcelo de Lima Henrique de "vagabundo" e ladrão"

Sergio Correia, infelizmente você tem camisa. Marcelo de Lima Henrique, você é um vagabundo e ladrão.— Alexandre Kalil (@alexandrekalil) 3 de setembro de 2015

EXPULSÃO POR RECLAMAÇÃO
Um dos catalisadores da revolta alvinegra contra Marcelo Henrique foi a expulsão de Marcos Rocha nos acréscimos do primeiro tempo. O jogador tentou passar pela marcação, não conseguiu, perdeu a bola e reclamou de falta. 

Ao ver o juiz seguir a partida, Rocha se esbravejou, socou o ar e gritou "foi falta, foi falta". Recebeu o segundo amarelo e foi mais cedo pro chuveiro.Reprodução/CBF / N/A

Expulsão polêmica de Marcos Rocha explicada por Marcelo de Lima Henrique na súmula

TENTATIVA DE VETO E OUTROS ENCONTROS
As marcas deixadas naquele jogo duraram muito tempo. No ano passado, Marcelo de Lima Henrique apitou Internacional 1x2 Atlético pela semifinal da Copa do Brasil, jogo de ida. Antes da partida no Beira-Rio, o Galo chegou a encaminhar pra CBF ofício solicitando o veto de Marcelo da partida.

O pedido não foi atendido, e Marcelo de Lima conseguiu passar despercebido no duelo em Porto Alegre. Depois, só voltaria a apitar uma partida do Atlético neste Brasileirão. No empate em 0 a 0 contra o Palmeiras, a torcida do Atlético se dividiu num lance que quase decretou o resultado da partida. 

O árbitro assinalou pênalti de Fred em Edu Dracena no primeiro tempo. Entretanto, o atacante Willian "do Bigode" falhou na cobrança, com a finalização sendo defendida por Victor.Reprodução/CBF

Súmula do jogo Atlético x Atlético-PR no Horto, em 2015, com três objetos arremessados por atleticanoBruno Cantini/Atlético / N/A

Reação de torcedores do Galo contra a arbitragem em Atlético 0x1 Atlético-PR no Brasileirão 2015

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