Personagem em redes sociais do Galo relembra foto de 1976 e fala de atual busca por emprego

Henrique André
10/07/2019 às 18:08.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:29
 (Twitter/Atlético)

(Twitter/Atlético)

"DESDE SEMPRE, PARA SEMPRE!". Foi desta maneira que o Atlético, por meio de suas redes sociais, definiu nesta quarta-feira (10) o sentimento de seu apaixonado torcedor. O personagem da foto utilizada (imagem extraída da Revista Placar de 1976), inclusive, corrobora com a máxima e, 43 anos depois do registro, ainda nutre amor sincero ao alvinegro.

Nazareno Guilherme Soares, hoje com 58 anos, é um dos fundadores da Dragões da F.A.O, uma das mais antigas organizadas do Galo. Segurança Patrimonial, ele não tira da memória quando balançava a bandeira, deixando-a esbarrar nas cabeças de quem ocupava a antiga geral do Mineirão.

Nascido em Dores do Indaiá, ele mudou para a capital com os pais e os irmãos em 1965, curiosamente, ano da fundação do Gigante da Pampulha. Desde então, contrariando grande parte da família, formada por cruzeirenses, passou a ir a todos os jogos do Atlético, clube que escolheu desde criança. "Atleticano nasce atleticano", define.

"A minha família tinha raiva por eu ser atleticano. Porém, atualmente, invertemos este cenário e somos maioria", conta ao Hoje em Dia. Na Savassi, primeiro bairro em que morou na capital, vivia na casa de Alexanor Alves Pereira, um dos 22 fundadores do clube de coração. 

Sobre os clássicos contra o Cruzeiro, Nazareno diz que se sente muito nostálgico, pois não é mais a mesma coisa. Segundo ele, o fato de ser um dos fundadores de uma organizada do Galo jamais o impediu de ter grandes amigos de torcidas celestes; na época, a Torcida Organizada Sangue Azul (TOSA) e a Torcida Jovem.

"Éramos todos amigos. Não tinha esta inimizade de hoje. São tempos que não voltam mais. Mesmo atleticano, me orgulho por ter visto, além de Reinaldo e companhia, Dirceu Lopes, Piazza, Nelinho e outros que se destacavam no rival", comenta.

"Eu já vi de tudo no mundo do futebol; inclusive, quase me fui jogador profissional. Gostava mais de jogar do que de torcer. Hoje, porém, não vou tanto mais aos estádios. Quando meu filho insiste, acabo cedendo e indo com ele", acrescenta.

Eu acredito

Atleticano raiz, como ele mesmo se define, Nazareno atualmente usa o "Eu Acredito" também fora das quatro linhas e além dos estádios que sempre costumou frequentar.

Segurança Patrimonial, ele está desempregado e, sem renda alguma, vive um momento complicado. "Um salário mínimo já me ajudaria. É difícil viver assim", lamenta o atleticano.

Segundo ele, há um tempo deixou o vasto currículo na Sede do Atlético. Trabalhar no clube de coração, para o torcedor, seria uma das melhores sensações dos quase 60 anos. "Seria um imenso privilégio e me ajudaria muito. Mas, nestes tempos tão difíceis, comemoraria muito qualquer outra oportunidade nidad, finaliza.

Nazareno Guilherme Soares, 58 anos, ao lado do filho Mateus, que herdou o amor pelo Atlético

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