Perto de realizar sonho no UFC, Mayra Bueno encara dura batalha para perder peso

Estadão Conteúdo
17/09/2018 às 08:09.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:29
 (Reprodução/Instagram)

(Reprodução/Instagram)

A poucos dias de entrar no octógono do maior evento de MMA do mundo, Mayra "Sheetara" Bueno não mede esforços para conciliar o dia a dia dos treinamentos com o duro processo de perda de peso. Vencedora do Contender Series Brasil, uma espécie de "peneira" feita pelo presidente do UFC, Dana White, para encontrar novos talentos, a mineira realizou o sonho de conseguir um contrato e participar do evento em São Paulo, marcado para sábado, no ginásio do Ibirapuera.

Mayra está nas últimas etapas antes de encarar a canadense Gillian Robertson. Para sua luta no Contender, quando finalizou Mayana Kellem, em Las Vegas, ela precisou perder 10 quilos. Agora, terá de reduzir mais 8kg. Metade disso já foi.

"A parte do peso é complicada porque ela não mexe só com o seu corpo, ela mexe com o seu (lado) psicológico. Você fica bem irritada. É uma parte ruim, mas como eu já vinha de um treinamento, comecei a preparação para essa nova luta com 65 kg para bater 57 kg. Estou tranquila e feliz. Acredito que vai dar tudo certo", explica Mayra.

A reportagem do Estado acompanhou os treinamentos Mayra. Em pouco menos de duas horas de atividades, ela foi a única que pediu pausa após 45 minutos e afirmou que precisava parar porque estava com tontura. Encarando homens e mulheres no octógono, ela diz que comer seria o seu primeiro desejo caso não tivesse outra luta para encarar. "Se vocês quiserem deixar o próximo treino para fazer um churrasco eu topo", brincou ao finalizar mais uma sessão.

Escolhida pelo UFC para uma luta na categoria mosca, Mayra está acostumada a competir entre os galos, por isso a exigência de perder tanto peso em pouco tempo. "Sempre lutei na categoria de cima e nunca tive problema nenhum para bater peso. Essa vai ser a minha primeira vez no mosca", conta.

Aos 27 anos e com quase metade da sua vida dedicada ao esporte, Mayra conquistou o objetivo de quase todo lutador profissional: entrar no UFC. Antes de firmar contrato de três lutas, enfrentou a falta de incentivo familiar e precisou ser persistente.
"Minha mãe não apoiava. A única luta que ela viu minha até hoje foi de jiu-jítsu. Ela nunca gostou de MMA. A situação só mudou após o Contender. "Agora ela entende que sou atleta, me apoia e me respeita."Leia mais:
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