Peso do gol: sofrida vitória sobre o Inter deixa Atlético com 83,9% de chances de Libertadores

Alexandre Simões
Hoje em Dia - Belo Horizonte
22/11/2018 às 19:01.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:57
 (Editoria de Arte)

(Editoria de Arte)

Aos 41 minutos do segundo tempo, quando o placar era de 1 a 1, na noite da última quarta-feira, no Beira-Rio, Leandro Damião dominou uma bola livre, na pequena área do Atlético, após falha de Leonardo Silva, e chutou por cima do gol de Victor. Aos 47, escorando cruzamento de Cazares, o uruguaio Terans venceu Marcelo Lomba e decretou a primeira derrota do Internacional dentro de casa neste Campeonato Brasileiro.

Esta sequência, que fez do Galo 2, Colorado 1, um dos jogos mais emocionantes desta Série A, significou um passo gigantesco do time de Levir Culpi rumo à Copa Libertadores do ano que vem.

Além de tirar dos seus dois últimos adversários – Santos e Botafogo – qualquer chance de brigar pelo G-6 do Brasileirão, o resultado alcançado em Porto Alegre deixou o Atlético com 83,9% de chances de voltar a disputar em 2019 a principal competição de clubes da América, com o Atlético-PR aparecendo com 16,1%.

CENÁRIOS
O professor Gilcione Nonato da Costa, do site Probabilidades no Futebol, que é mantido pelo Departamento de Matemática da UFMG, fez os cálculos de quais seriam as chances de disputar a Libertadores de Galo e Furacão caso o resultado do Beira-Rio fosse diferente.

Se o Atlético tivesse empatado em Porto Alegre, seguiria no sexto lugar, mas apenas um ponto à frente do Atlético-PR. E teria pequena vantagem nas probabilidades em relação aos paranaenses (54,7% a 45,3%).

Tivesse a bola de Leandro Damião entrado e Terans não tivesse marcado seu primeiro gol com a camisa alvinegra, o Galo estaria na sétima colocação e teria 34% de chances de classificação para a Libertadores, com o Furacão aparecendo com 65,7% e o Botafogo ainda com remotas possibilidades (0,3%).


MATEMÁTICA
Na matemática, quatro pontos separam o Atlético da Copa Libertadores do ano que vem, pois ele tem três de vantagem sobre o Furacão e apenas mais seis estarão em jogo nas duas rodadas finais.

Na prática, mais um ponto nas duas rodadas que restam pode ser suficiente para que o Galo garanta a sexta colocação. E isso se deve principalmente à maratona que o Furacão pode enfrentar nesta reta final de temporada e também às prioridades que pode definir.Editoria de Arte

SUL-AMERICANA

O time paranaense está nas semifinais da Copa Sul-Americana, que garante ao seu campeão uma vaga na fase de grupos da Libertadores do ano que vem. O sexto colocado do Campeonato Brasileiro, que neste momento é pelo que ele briga com o Atlético, tem de jogar duas fases preliminares para chegar lá.

Sua situação nas semifinais é cômoda, pois venceu o Fluminense, na ida, na Arena da Baixada, em Curitiba, por 2 a 0, e joga no Maracanã, quarta-feira que vem, podendo perder por um gol de diferença ou por dois, desde que balance a rede, pois na Sul-Americana o gol fora de casa é critério de desempate.

O que não é cômodo para o Furacão é o calendário, pois o técnico Tiago Nunes vive o dilema de poupar ou não titulares na partida de domingo, contra o Ceará, na Arena da Baixada, pensando no jogo do Maracanã. Além disso, se for finalista, o Atlético-PR inicia a decisão em 5 de dezembro, apenas três dias após a última rodada do Brasileirão, quando encara o Flamengo, como visitante, em local ainda não definido.

Qual será a prioridade paranaense? Tiago Nunes vai cansar seu time buscando o G-6 do Brasileirão, o que pode refletir no desempenho na reta final da Sul-Americana? Ou poupará na Série A e brigará com mais força pelo título internacional? Sem dúvida, o gol do uruguaio Terans, aos 47 minutos do segundo tempo, na última quarta-feira, no Beira-Rio, clareou as coisas para o Galo e dificultou a vida do Furacão.

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