Polêmica marca consórcio para gestão do Mineirão

Bruno Moreno - Do Hoje em Dia
30/08/2012 às 07:28.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:52
 (Frederico Haikal/Hoje em Dia)

(Frederico Haikal/Hoje em Dia)

Enquanto o consórcio Minas Arena – responsável por reformar e administrar o Mineirão até 2037 – e o Governo do Estado afirmam que o contrato com a Lusoarenas, de Portugal, para gerir o estádio pelos próximos cinco anos, foi rescindido, o grupo europeu garante que ainda está em vigor.

A situação de conflito é semelhante à vivida no início deste ano, quando a BWA e o Governo estadual travaram uma disputa jurídica na concessão do Independência.

Para a Secretaria de Estado Extraordinária da Copa (Secopa), o fundamental é que a Minas Arena, assim como a BWA no Independência, faça a gestão do Mineirão de forma rentável, com qualidade e dentro da lei, independentemente de ter ou não um parceiro.

A necessidade de que o modelo de gestão esportiva esteja definido rapidamente é fundamental para o bom funcionamento da Copa das Confederações, que terá três jogos no Mineirão, nos dias 17, 22 e 26 de junho do ano que vem.

Indignação

A Minas Arena – composta por três empreiteiras sem experiência em gestão esportiva – informou que não há negociações com outro parceiro especializado em eventos e que o plano sempre foi administrar o estádio sozinha.

nesta quarta-feira (30), após a divulgação, com exclusividade pelo Hoje em Dia, de que o contrato havia sido cancelado, representantes da Lusoarenas ficaram indignados.

O vice-presidente da empresa, Marco Antônio Herling, garante que o contrato não foi desfeito, mas admite que há divergências com a Minas Arena.

“Não tem contrato rompido. O que existe é uma conversa para modificá-lo. Não somos de desistir. Temos capacidade técnica e continuamos interessados no Mineirão. Fizemos um plano rentável”, garante.

Discórdia

O executivo afirmou que os pontos de discórdia do contrato estavam sendo tratados a portas fechadas, e lamentou que o problema tenha sido divulgados sem ter sido solucionado.

Herling não quis explicitar quais são os conflitos, mas apontou um dos pontos principais. “A discordância foi na forma de vanguarda que queríamos lidar com o Mineirão. Queremos criar setores onde possamos apresentar um serviço de melhor qualidade, levar as família para o estádio”, argumenta.

Na prática, isso significa que o valor do ingresso será mais alto do que o praticado anteriormente.

Com a Copa do Mundo, o futebol, sem os subsídios que historicamente recebeu dos governos, terá que apresentar uma gestão mais profissional de suas arenas, o que nunca houve e ainda não há no Brasil como prática corrente.
 

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