Ponte Preta pretende entrar com ação judicial contra árbitro

Estadão Conteúdo
19/11/2014 às 19:39.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:05

A diretoria da Ponte Preta promete levar até as últimas instâncias seu protesto contra a atuação polêmica do árbitro goiano Eduardo Tomaz de Aquino Valadão, no empate por 2 a 2 com o América-RN, na noite de terça-feira (18), no Estádio Moisés Lucarelli, pela Série B. Além de entrar com uma representação na CBF, o clube de Campinas pretende mover ação judicial contra o juiz da partida.

A Ponte não se conforma com o pênalti marcado em Andrey aos 42 minutos do segundo tempo, que culminou no gol de empate do América-RN - o goleiro do time potiguar foi para a área adversária em uma cobrança de escanteio e acabou sofrendo falta de Alexandro. Além disso, o clube de Campinas reclama de um gol anulado pelo árbitro ainda na primeira etapa, marcado por Rafael Costa.

"A Ponte Preta entende que ocorreram diversos erros de arbitragem que prejudicaram diretamente nossa equipe, entre os quais destacamos um gol legítimo de Rafael Costa aos seis minutos, pênalti não dado sobre o jogador Roni e um pênalti não existente atribuído ao atacante Alexandro e que, mesmo que tivesse ocorrido, não caberia marcação pelos critérios utilizados pelo árbitro até então na partida", disse o diretor jurídico do clube, Giuliano Guerreiro.

Segundo o cartola, todas as imagens dos lances polêmicos do empate já foram separadas. Um vídeo editado será apresentado nesta sexta-feira na CBF, com uma representação contra o árbitro. "O próprio presidente (Márcio Della Volpe) já entrou em contato com o presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol), Marco Polo Del Nero, e o presidente da CBF, José Maria Marin, protestando veementemente contra a arbitragem. Ele também se desculpou por ter invadido o campo, mas explicou as razões que o levaram a isso", explicou Giuliano Guerreiro.

Os advogados ainda estão estudando uma ação por perdas e danos contra o árbitro, em virtude do suposto prejuízo material e moral causado por ele ao clube. Na súmula, Eduardo Tomaz de Aquino Valadão relatou que "após o encerramento da partida, os jogadores suplentes e membros da comissão técnica da Ponte Preta invadiram o campo de jogo e vieram em minha direção. (...) Durante este tumulto, um torcedor com a camisa da Ponte Preta identificado pelo policiamento como Luiz Antônio Dorta Peron pulou o alambrado,(...) sendo contido pelos seguranças". E também citou Márcio Della Volpe por ofensas morais e ameaças. "O presidente da Ponte Preta, sr. Márcio Della Volpe, invadiu o campo e se dirigiu a mim com o dedo indicador, peitando os policiais e dizendo:' Você é um bandido, mal intencionado, roubou o nosso título dentro da nossa casa'".

Com o empate em casa diante do América-RN, a Ponte Preta não conseguiu assumir a liderança da Série B. Se vencesse, ultrapassaria o líder Joinville, que perdeu para o Boa em outro jogo na terça-feira. Agora, a diferença entre os dois é de apenas um ponto (69 a 68) - faltando apenas duas rodadas para o final do campeonato, ambos já garantiram o acesso.

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