Portuguesa desconfia da súmula de jogo em Joinville

Agência Estado
24/04/2014 às 09:51.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:16

A Portuguesa classifica como "muito estranha" a súmula redigida pelo árbitro Marcos André Gomes da Penha, que representa a principal peça da denúncia que a procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) deve apresentar nesta sexta-feira (25) contra o clube pelo abandono de campo na partida da última sexta contra o Joinville.

"Além de ter sido manuscrita, ela não relata nada do que houve na partida. Parece que foi feita sobre outro jogo", critica o advogado do clube, José Luiz Ferreira de Almeida.

A súmula, divulgada no site da CBF na terça-feira (22), foi a única de todos os jogos da primeira rodada da Série B publicada com a letra do próprio árbitro. Todas as outras foram digitadas.

O árbitro relatou que os jogadores da Portuguesa saíram de campo aos 17 minutos do primeiro tempo e que Rogério Lico, filho do presidente do clube, Idílio Lico, informou ao delegado e ao quarto árbitro que a equipe não voltaria ao gramado da Arena Joinville. Marcos André Gomes da Penha não citou a existência de um documento da Justiça que justificasse a saída dos atletas.

O advogado da Lusa também disse que membros da Federação Catarinense de Futebol afirmaram, ainda na sexta-feira, dia do jogo, que a súmula havia sido entregue em branco. "De uma hora para a outra, a súmula aparece mal escrita. É estranho", questionou José Luiz Ferreira de Almeida.

O departamento jurídico do clube não quis antecipar a estratégia de defesa da Portuguesa antes de o STJD apresentar a denúncia - o que só deve ocorrer nesta sexta-feira.

A denúncia do procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, vai argumentar que o clube paulista simulou o recebimento de uma intimação por um oficial de justiça para sair do gramado. "Parece ter havido simulação sobre o cumprimento de decisão judicial", acusou ele.

Nesse caso, a Portuguesa estaria infringindo o artigo 69 do Código Disciplinar da Fifa - que prevê as penas de multa, perda de pontos para o adversário e a exclusão do torneio.

O advogado da Lusa reconhece que não havia ordem judicial, mas afirma que não era necessária. "Foram apresentados dois documentos no gramado: cópias da liminar favorável à Lusa e do requerimento para o adiamento da partida. Não havia necessidade de apresentar ordem judicial porque a CBF já havia sido notificada da liminar no dia 11 de abril", explicou.

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