Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes diz que 'legado olímpico' será maior triunfo da cidade

Henrique André
hcarmo@hojeemdia.com.br
09/06/2016 às 15:51.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:49
 (Reprodução)

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O Rio de Janeiro está pronto para receber os Jogos Olímpicos, que começam em agosto. Isto é o garante o prefeito Eduardo Paes (PMDB-RJ). Segundo ele, as obras estão 98% concluídas e a cidade não enfrentará problemas de grandes proporções durante o evento esportivo mais importante do planeta. A parte final é traduzida pelo prefeito como "acabamentos de casa".

Confiante no sucesso da "Cidade Maravilhosa", Paes é enfático ao dizer que o principal objetivo como sede é deixar um legado para os cariocas, com a maior parte dos recursos vinda da iniciativa privada. Os chamados "elefantes brancos" - obras que depois do evento são abandonadas - também estão fora de cogitação, segundo ele.

"A cada R$1 que gastamos com obras para os Jogos, outros R$5 foram investidos para futuras obras e instalações. O que mais nos preocupamos foi em deixar um legado para quando o evento acabar", comentou o prefeito durante o Encontro Nacional de Colunistas, Editores e Blogueiros (Enecob), realizado durante a semana, na cidade.

"Ganhamos das concorrentes porque apresentamos uma proposta de construir um legado. Os nossos problemas são grandes e se as Olimpíadas querem promover uma transformação, deviam fazer aqui. Fazer em cidades como Londres, Madri e Chicago é fácil. Nós somos uma cidade de um país muito desigual. Quando se vem ao Rio tem que se comparar o Rio com o Rio. Os desafios que enfrentamos.", acrescentou.

Caos na cidade

A reportagem do Hoje em Dia esteve no Rio de Janeiro e viu de perto a situação das obras (nas ruas e no Parque Olímpico) e do trânsito na cidade-sede dos Jogos Olímpicos.

Apesar da certeza de Eduardo Paes de que tudo ocorrerá sem grandes problemas, a impressão que dá a quem chega à cidade é que muita coisa ainda precisa ser feita. Com diversas obras no trânsito, trafegar de um ponto a outro sem dores de cabeça é missão impossível. Para se ter ideia, o tempo gasto pela equipe entre o hotel até o Parque Olímpico, que deveria ser de 5 minutos, durou quase seis vezes mais.

Em contato com moradores da Barra da Tijuca, local da construção do Parque Olímpico e dos alojamentos para os atletas, mais reclamações. Barulho, sujeira e fim de linhas de ônibus importantes estão entre as queixas.

Por outro lado, dentro do local onde estão construídas as Arenas, as obras estão praticamente encerradas. Com isso, quem comprar ingressos para acompanhar as competições estará muito bem acomodado. Chegar ao Parque, porém, promete ser um grande desafio, mesmo com as opções de transporte oferecidas pela prefeitura.  

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