
A Prefeitura do Rio embargou a construção da arena olímpica de vôlei de praia, em Copacabana, zona sul do Rio. A obra é de responsabilidade do Comitê Organizador dos Jogos, que não obteve na sexta (10) uma licença de instalação na Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Na manhã deste sábado (11), o canteiro amanheceu vazio.
A arena provisória fica na praia de Copacabana e ocupa quase cem metros de extensão para dentro da faixa de areia.
A proximidade do mar preocupa os engenheiros da obra. Na sexta, operários e funcionários da Comlurb (Companhia de
Limpeza Urbana) ergueram barreiras de areia de mais de dois metros de altura para tentar proteger a obra da ressaca do
mar.
A faixa de areia naquela região de Copacabana é de cerca de 130 metros até a água. Foi registrada na sexta (10) uma onda de 4,66 metros próximo à baía de Guanabara.
Para tentar derrubar a decisão da prefeitura, o comitê organizador informou que vai apresentar os documentos para a
emissão da licença na segunda (13). A intenção é retomar a empreitada nos próximos dias.
A arena será a maior instalação esportiva montada em Copacabana (terá 62 mil metros quadrados e cerca de 700 metros de
extensão). O ponto mais alto terá 21 metros, o equivalente a um prédio de sete andares.
Além de quadra central, que abrigará 12 mil torcedores, o terreno comportará duas quadras externas de aquecimento e
cinco para treinamento.
O vôlei de praia é uma das principais esperanças de medalha da delegação nacional na Olimpíada. O Brasil é o
recordista de medalhas na história dos torneios olímpicos. Desde 1996, quando foi disputada a primeira edição, os
atletas brasileiros subiram 11 vezes ao pódio.