Presente na semi do Mineiro, Marcelo de Lima promete tolerância zero com os 'reclamões'

Henrique André
29/03/2019 às 11:48.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:00
 (Atlético-PR/Divulgação)

(Atlético-PR/Divulgação)

Estar em terras mineiras para apitar grandes duelos entre os rivais da capital (América, Atlético e Cruzeiro) há muito deixou de ser novidade para o árbitro Marcelo de Lima Henrique, de 47 anos. Responsável pelo apito na goleada celeste por 6 a 1 sobre o alvinegro, em 2011, e na final da Copa do Brasil de 2014, quando o Galo superou a Raposa e acabou dando a volta olímpica, o carioca agora terá a missão de conduzir o primeiro clássico das semifinais do Campeonato Mineiro, entre Cruzeiro e América.

Escolhido (em sorteio) para apitar o confronto, marcado para domingo (31), às 16h, no Independência, o ex-árbitro Fifa promete bastante rigor para evitar as reclamações de atletas e técnicos, que, segundo ele, precisam ser educados com urgência.

"Infelizmente, quando não vai no amor, tem que ir na dor. Então, o jogador brasileiro tem que ser educado. E vamos começar; eu vou começar a madeirá-los (sic), vamos dizer assim, deixar de ser apenas uma lima para ser um limão azedo, para poder fazer com que eles entendam ou aprendam na dor. Ninguém ajuda. A gente vai dar uma condição mais forte para que eles mudem na dor, pois já vimos que em consideração ao futebol, nem os jogadores, nem os técnicos têm", comenta Marcelo de Lima ao Hoje em Dia.

Questionado pela reportagem se pretende ter uma conversa com os capitães de Coelho e Raposa para alertar que a tolerância com reclamações será próxima de zero, o ex-fuzileiro naval, que atualmente divide o futebol com o cargo de auxiliar de grandes eventos no Centro de Educação Físcia da Marinha, diz que não o fará.

"Não pretendendo ter conversa com os capitães. Não costumo fazer isso. Abri uma exceção no Fla-Flu, mas me parece que eles não tem ingerência nenhuma com suas equipes. Parece que hoje eles carregam apenas as faixas e que exercem pouca liderança.  Que as equipes tomem suas providências, pois eu tomarei as minhas com minha equipe de arbitragem. Torço para que  todos queiram o bem do futebol", afirma.

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"O VAR no Brasil é um processo novo e temos que levar em conta. É novo para o torcedor, para o atleta, para o técnico, para a imprensa... Então, é um processo de aprendizado. Espero que todos estejam se surpreendendo com o VAR. O Cruzeiro já fez jogos assim na Copa do Brasil. O América ainda não teve esta experiência. Os clubes precisam educar os jogadores para que entendam. Gol impedido não vai ter mais; gol de mão também não, assim como pênalti fora da área", completa.

Em relação à pressão externa na hora da análise de lances polêmicos na "casinha do VAR" - como vista no último Flamengo x Fluminense -, Marcelo garante que não atrapalha na decisão do árbitro, já que o som da comunicação com sua equipe é mais alto do que os gritos de quem tenta influenciar na marcação. 

"Aquele posicionamento não atrapalha em nada porque usamos um fone. Também estamos habituados a ouvir os sons do estádio. A comunicação ali é muito clara. Só na TV que a gente vê as pessoas falando ali. Mas ficamos muito focados e o som do nosso ponto é muito mais alto do que qualquer reação externa",  finaliza.

No domingo, Marcelo será auxiliado por Bruno Boschilia e Felipe Alan Costa de Oliveira. 

Oscar, zagueiro e capitão da Seleção Brasileira na Copa de 1982, leu minha entrevista com Marcelo de Lima Henrique e enviou um vídeo ao árbitro dando sua opinião sobre o comportamento de atletas e técnicos no Brasil. Assista!! pic.twitter.com/PECNQS8R5w— HENRIQUE ANDRÉ (@ohenriqueandre) 29 de março de 2019
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