Presidente da Ponte comenta venda de Emerson pelo Atlético e revela 'porcentagem' do BMG

Frederico Ribeiro
31/01/2019 às 18:25.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:20
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

O lateral-direito Emerson é a segunda maior venda bruta do Atlético na história do clube, só atrás de Bernard. É a primeira negociação que o Galo faz com o Barcelona. E o terceiro lateral mais caro do futebol brasileiro. Números de evidência, mas com um porém: os 12 milhões de euros que cairão na conta do alvinegro mineiro precisarão ser alocados para terceiros, incluindo o BMG, segundo informação do mandatário da Ponte. 

Em entrevista ao Hoje em Dia, o presidente da Ponte Preta, parte interessada no negócio que levará Emerson primeiramente ao Bétis, afirmou que o clube campineiro está "absolutamente tranquilo" em fazer valer o direito firmado em contrato, no qual a Macaca recebe 12,5% da transação global em caso de venda até 28 de fevereiro. 

A questão é que Emerson só irá pro Barça em julho, até lá, fica emprestado ao Bétis. Além disso, José Armando Abdalla afirmou que o Atlético detém apenas 25% dos direitos econômicos de Emerson - fatia comprada em setembro - e que o restante dos 62,5% (37,5%) são da posse do BMG, banco que patrocina o Galo e cujo o dono, Ricardo Guimarães, é conselheiro e ex-presidente do clube mineiro. 

"Estamos absolutamente tranquilos. Na realidade, existem tratativas, meu financeiro e meu jurídico estão fazendo as instâncias. Sinceramente, não estou por dentro de todas as tratativas, que estão rolando há muito tempo. A Ponte, posso falar para você, honra o que consta em contrato e segue o que diz a lei e a responsabilidade de cada um. O Atlético é o Atlético. Na realidade o jogador não pertence ao Atlético. Eles tem o direito federativo. Até onde eu sei, são 37,5% do BMG, os outros 37,5% são da Traffic. Sobram 25%, o Atlético, até dia 28, repassa 12,5% para a Ponte", afirmou ao Hoje em Dia.

Dos 12,170 milhões de euros, o Atlético precisará repassar 37,5% à Traffic (atual TFM Agency). Assim sendo, ficará com cerca de R$ 32 milhões. Só que, conforme relato de Abdalla, o BMG pode querer receber seus 37,5% também. Neste caso, a operação global do camisa 2 daria 3,042 milhões de euros (R$ 12,6 milhões). Por outro lado, o HD apurou com fonte ligada ao fundo de investimento do BMG que, na verdade, este segundo investido na fatia de Emerson seria uma empresa ligada à diretoria da Ponte Preta. 

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