Presidente do Cruzeiro, torcida e conselho gestor criticam faixas apócrifas no Barro Preto

Guilherme Piu
@guilhermepiu
19/03/2020 às 12:08.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:00
 (Reprodução)

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Faixas apócrifas com críticas ao atual presidente interino do Cruzeiro. José Dalai Rocha, e ao Conselho Gestor, que administra o clube, apareceram no Barro Preto na manhã desta quinta. As frases estampadas que mostram tom muito crítico em relação aos atuais dirigentes da Raposa foram alvo de críticas de todas as alas: os citados e do grupo de torcedores.
Duas faixas foram instaladas em frente à Official Store, loja oficial do Cruzeiro que fica na esquina das ruas Araguari e Guajajaras, no bairro Barro Preto.

"A Torcida do Cruzeiro exige eleições já. Fora Dalai! Fora Conselho Gestor" e "Queremos um presidente! Não esse bando de vagabundos que estão aí roubando" foram as frases citadas nos objetos. 

A não identificação da autoria das faixas gerou críticas por parte de todas as alas envolvidas no episódio: os torcedores, o Conselho Gestor e o presidente interino José Dalai Rocha.

O grupo "Nascidos Palestra Forjados Cruzeiro 1921", que na última quarta-feira estampou em faixas algumas cobranças diretas e nominais aos presidenciáveis, ao supervisor administrativo Benecy Queiroz, e também o pedido para que o estatuto do clube fosse modernizado, condenou às faixas apócrifas que surgiram na proximidades do parque esportivo do Barro Preto. 

"As brigas políticas do Cruzeiro já lesaram o clube 2019 a ponto de derrubar o clube de divisão. Nós torcedores vamos prezar pela busca da paz e trabalho íntegro e honesto no Cruzeiro. Não iremos tolerar quem destruiu o Cruzeiro tumultuar o clube agora. Repudiamos as faixas de hoje!", postou o grupo em sua conta no Twitter. 

O grupo NPFC 1921 foi mentor de vários manifestos contrários ao ex-presidente Wagner Pires de Sá, que pressionado renunciou ao cargo no fim de 2019. Em todos esses movimentos houve divulgação de autoria e até convocação em redes sociais.

Conselho Gestor

Candidato às eleições presidenciais do Cruzeiro, Emílio Brandi também usou suas redes sociais para manifestar contrariedade às faixas apócrifas.

"Triste demais esse tipo de atitude. O conselho gestor, um grupo de voluntários, chegou ao Cruzeiro quando quase ninguém acreditava que o clube conseguiria se reerguer, tão destruído pelas antigas gestões. A situação do Cruzeiro ainda é difícil. Mas uma coisa eu digo: as pessoas que fazem este tipo de coisa não pensam no Cruzeiro. Pensam somente no próprio umbigo, obcecadas pelo poder e em tirar mais do clube. Eu não sou político, nem gosto desse tipo de clima, mas esse ataque gratuito ao conselho gestor dá pra se imaginar de onde parte. Lembro a todos que me candidatei para que o trabalho que fizemos até agora tenha continuidade até o final do ano", lamentou Emílio Brandi, sobrinho de Felício Brandi, presidência icônico na história cruzeirense.

Ainda em sua postagem, Brandi ressaltou os avanços conseguidos pelo grupo que administra o Cruzeiro em sua pior fase na história. 

"Muitos avanços já tivemos, com uma grande redução da folha salarial, que está em dia, renegociação das dívidas, início da reforma do Estatuto, transparência, defesa no Profut e negociação dos processos na FIFA", finalizou.
Presidente Interino

O presidente interino José Dalai Rocha publicou nota oficial também contrário à atitude das faixas apócrifas. 

"Há apenas três meses, o Cruzeiro sofreu o tsunami da renúncia forçada de sua diretoria; a descoberta de uma terra arrasada em suas finanças, com dívidas tão inimagináveis como urgentes e, finalmente, a queda para a Série B. Apagando incêndios todo dia, cortando despesas, vendendo veículos, recolhendo cartões corporativos, renegociando contratos absurdos, conseguimos reduzir para 3 uma folha mensal que beirava os 20 milhões de reais. (...) São empresários vitoriosos, experientes, respeitados em todo o País e que, pelo amor ao Cruzeiro, sem retribuição de qualquer espécie, estão colocando a casa em ordem", disse Dalai em defesa do Conselho Gestor.

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