Presidente vê dois lados da moeda no Cruzeiro por efeitos da pandemia: 'tem prós e contras'

Guilherme Piu
@guilhermepiu
30/06/2020 às 12:06.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:54
 (Bruno Haddad/Cruzeiro)

(Bruno Haddad/Cruzeiro)

Bruno Haddad/Cruzeiro

O mundo inteiro e todos os setores da economia sentem os impactos provocados pela pandemia do novo coronavírus. O futebol não poderia ser diferente e sentiu firme em seus cofres o drama pela queda vertiginosa de arrecadação. No entanto, o presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, enxerga "dois lados da moeda" nessa relação esporte versus Covid-19 no clube estrelado.

Em grave crise financeira, na visão de Sérgio Rodrigues, o Cruzeiro conseguiu uma "janela para trabalhar" e ganhou tempo para assimilar institucionalmente pontos importantes de sua estrutura administrativa, alterada com a eleição presidencial que ocorreu em maio, econômica, pela quantidade de dívidas urgentes a serem pagas. 

"Ninguém espera ou deseja que isso (pandemia do novo coronavírus) aconteça, de forma alguma. O Cruzeiro vinha jogando com prejuízo, tínhamos despesas em todos os jogos. Nós tínhamos um plano ousado de match day (o dia das partidas que é usado no exterior como forma de aumentar as receitas extrajogo) para ter rentabilidade, mas isso nós deixamos de ter”, comentou Sérgio Rodrigues em entrevista ao programa Bastidores, na Rádio Itatiaia. 

O presidente da Raposa fez questão de frisar todas as dificuldades que o planeta vive pelos impactos da pandemia. Mas na visão dele, tentando enxergar algo de positivo que possa ter ocorrido no âmbito esportivo, foi o time ganhar mais tempo também para que o novo técnico pudesse inserir sua metodologia de trabalho.

É que Enderson Moreira trabalha com os atletas na Toca II enquanto os jogos não são retomados tentando dar um padrão à equipe. Algo que o técnico anterior Adilson Batista não conseguiu por algumas variáveis, como a dificuldade em montar o elenco (faltavam peças experientes, o time era praticamente de garotos da base), dificuldade financeira e desmanche com saída de atletas. 

“Por outro lado, na parte técnica, tivemos uma troca de técnicos e o Enderson poderia ter que trocar pneu com o carro andando. E ele teve tempo para treinar o time e permitir que a gente reforce. (A pandemia do novo coronavírus) Tem os prós e os contras. Na situação específica do Cruzeiro, não há só contras".

Sérgio Santos Rodrigues entende também que há um pouco de perda pela falta de jogos no âmbito físico dos jogadores. "É ruim para os atletas, que ficaram muito tempo sem treinar. Tudo está na balança. O lado bom é que o Cruzeiro sofreu menos impacto na pandemia que outros clubes”, analisou.

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