Confusões com a CBF, jogos válidos por dois torneios, afastamento de patrocinadores e restrição de datas. A edição inaugural da Copa da Primeira Liga chega ao fim com um balanço positivo após adversidades. Mas, tão pronto a decisão entre Fluminense e Atlético-PR termine na noite desta quarta-feira (20), no Mário Helênio, em Juiz de Fora, os organizadores terão a certeza de mares mais tranquilos para o ano que vem.

Com a competição oficializada no calendário do futebol brasileiro, 2017 trará boas novas para a entidade que carrega o estandarte de mudanças. Novidades que devem ser confirmadas na próxima segunda-feira, durante a reunião de encerramento da Copa, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

A primeira delas é a expansão da competição. Mais datas e com a participação dos 15 clubes fundadores (Joinville, Chapecoense e Paraná ficaram fora em 2016). A maior perspectiva é a adesão de um novo integrante fora do eixo Sul-Minas-Rio, sendo o São Paulo o mais cotado.

“A ideia é aumentar o número de datas disponíveis e aumentar o número de competidores. Neste momento estamos trabalhando com uma ideia de 16 clubes para 2017”, afirma o diretor jurídico da Primeira Liga, Eduardo Carlezzo.

A Copa de 2016 foi disputada sob “caráter amistoso”. A CBF garante que reconhecerá o torneio como oficial no próximo ano. Sem essa de Grenal valendo pelo Gauchão e pela Primeira Liga. Um planejamento sem percalços que permitirá o aumento de receitas por meio de patrocínios.

“Quando houve a resolução da CBF que proibia os clubes de entrar em campo (48h antes do começo do torneio), alguns patrocinadores grandes, que já havíamos acordado, se afastaram. Porém, depois de a bola rolar, as empresas viram que a Liga é uma entidade séria e trabalha por mudanças de rumo no futebol. Então tivemos o retorno de alguns patrocinadores, como a Heineken e o Twitter. Outras empresas quiseram patrocinar este ano ainda, mas nós já não achávamos mais que este ano seria conveniente", completa Carlezzo.

Na decisão de logo mais, a patrocinadora da competição, a cervejaria Heineken, utilizando a marca da Kaiser e em parceria com o Twitter, fará uma ação de marketing envolvendo os torcedores de Fluminense e Atlético-PR.

A Heineken patrocina a Copa desde fevereiro e é considerada a única parceira comercial, já que a Penalty oferece apenas as bolas utilizadas nos jogos, sem pagar nenhum valor à organização.

Outra fonte de receita da Primeira Liga foi a venda dos direitos de transmissão. A partida entre Fluminense e Atlético-PR passará no canal Sportv 2, pertencente às Organizações Globo. Ela desembolsou R$ 5,2 milhões para adquirir os direitos de transmissão dos jogos da competição. Esses valores foram considerados bem abaixo do esperado, mas devem aumentar na próxima edição.