(- MAURICIO DE SOUZA)
Coordenador do Procon em Minas, o promotor de Justiça Fernando Ferreira Abreu vai instaurar um procedimento para apurar as declarações do supervisor de futebol do Cruzeiro, Benecy Queiroz. Em entrevista à Rede Minas, divulgada no último domingo, o cartola assumiu ter tentado subornar um juiz, mas não forneceu detalhes.
Ao Hoje em Dia, o membro do Ministério Público Estadual (MPE) disse que será instaurado um procedimento chamado de notícia de fato com o objetivo de colher o depoimento por escrito de Queiroz. Com base nesse procedimento, segundo o promotor, poderá ser instaurado um inquérito civil público.
Para o promotor, não houve dano moral coletivo para o consumidor tendo em vista que o próprio Queiroz já adiantou que o árbitro não foi corrompido na realidade. Mas pode ter havido um crime.
“A primeira providência é tentar identificar em qual jogo isso aconteceu e os envolvidos com base no princípio da lealdade e da boa fé, previsto no Código de Defesa do Consumidor. Isso não geraria responsabilidade porque, em tese, não houve dano ao consumidor, já que ele disse que não teve êxito. Mas pode ser caracterizado como crime, tentativa de estelionato, fugindo da seara do consumidor. Vamos solicitar informações por escrito”, afirmou o promotor de Justiça.
Procurado nesta tarde, Queiroz não quis se pronunciar sobre o assunto. Em entrevista coletiva, o vice-presidente de futebol do Cruzeiro, Bruno Vicintin, disse que o caso será tratado pelo presidente Gilvan Tavares.