Dinheiro não compra títulos no futebol, mas pode mudar a identidade de qualquer agremiação. Um dos exemplos mais claros dessa nova lógica do esporte contemporâneo é o Paris Saint-Germain. Recentemente, o clube da capital francesa foi notícia, pois circulavam boatos que seu escudo poderia sofrer alterações. Agora parece que o que era boato pode se tornar oficial e, nos próximos meses, a equipe pode ter uma nova marca para estampar sua camisa e produtos. Nada incomum, afinal o fato não é isolado na história, uma vez que o próprio time trocou seis vezes de logo. O problema é que o pavilhão azul escuro poderá ficar mais claro, cor da família real do Catar, que financia o clube.
O Paris Saint-Germain nasceu da união entre o Paris FC e o Stade Saint Germain, em 1970. Suas cores, azul, branco e vermelho, foram escolhidas para homenagear a bandeira da França. Seu escudo contempla a Torre Eiffel, símbolo do país. Abaixo dela há um berço, que representa o nascimento de Luís XIV, em Saint-Germain. Acontece que na proposta da nova logomarca, esse símbolo seria retirado, a Torre Eiffel ficaria em três dimensões e as cores seriam trocadas, perdendo a identidade do clube.
Está claro que o dinheiro da Qatar Investment Authority recolocou o Paris Saint-Germain como um dos grandes clubes da Europa, principalmente após as milionárias contratações de Lucas, Thiago Silva e Ibrahimovic. Só que será que vale a pena mudar a identidade de um clube por questões financeiras?