Que venha 2018: o que espera os clubes mineiros no ano novo

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
29/12/2017 às 20:17.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:31

Acalmem-se os ansiosos, os que já se cansaram da abstinência forçada do futebol dos times do coração e discutiram, da mesa do bar à animada reunião da família, todos os reforços garantidos e especulados, à espera do momento em que a bola vai rolar de novo. A máxima de que no Brasil o ano só começa depois do Carnaval não vale para outra paixão nacional.
 
E o ano que se aproxima a passadas rápidas, vencendo a última linha da marcação adversária, reservará, em se tratando dos três grandes mineiros, pelo menos 327 dias de emoções, unhas roídas, gritos de gol, consultas mais ou menos promissoras às tabelas de classificação, incentivo no campo, pela TV ou rádio.

Com o desafio de ser ainda mais generoso com Coelho, Galo e Raposa do que 2017, em que todos tiveram o que comemorar, embora decepções não tenham faltado, especialmente pelos lados de Lourdes – o alvinegro, por conta do grupo de jogadores e da aposta no sucesso do trabalho de Roger Machado, iniciou a temporada passada com ambição de brigar por Libertadores e Brasileiro.

América, Cruzeiro e Atlético se apresentam na semana que vem mantendo os treinadores que encerraram o calendário do ano passado e darão início ao primeiro desafio oficial a partir do dia 17, quando começa o Campeonato Mineiro – por ser ano de Copa do Mundo, os estaduais foram antecipados em duas semanas.

No caso do Atlético, a pré-temporada incluirá, mais uma vez, a disputa da Florida Cup, torneio internacional que, no entanto, deve ser encarado novamente com um time misto, de modo a evitar a sobrecarga de trabalho dos comandados por Oswaldo de Oliveira. O primeiro adversário, dia 11, em Orlando, é o Glasgow Rangers, da Escócia, seguido pelo xará Atlético Nacional, da Colômbia, dia 14.

Até 11 de março, o desafio será lutar por um dos quatro primeiros lugares na fase classificatória do Estadual para encarar em vantagem uma novidade da competição: a disputa das quartas de final, em cruzamento olímpico (1º x 8º; 2º x 7º; 3º x 6º e 4º x 5º) e jogo único, com o classificado saindo nos pênaltis em caso de igualdade nos 90 minutos.
Depois das semifinais, no formato tradicional, o dia 8 de abril, data da segunda partida da decisão, consagrará o 104º campeão mineiro.

No exterior
Antes disso, no entanto, Galo e Raposa terão de dividir atenções com outros objetivos para o ano. O alvinegro estreia na primeira fase da Copa do Brasil contra mais um xará (o acreano), em Rio Branco. Em 11 de abril, abre na Argentina o complicadíssimo confronto com o San Lorenzo pela primeira rodada da Copa Sul-Americana.

Na última semana de fevereiro, o Cruzeiro inicia, também contra um argentino (Racing), e longe de casa, a luta pelo tri da Copa Libertadores. Os celestes, por estarem na disputa, e o América, na condição de atual campeão da Série B, só entram em campo pela Copa do Brasil nas oitavas. Já a Primeira Liga ainda depende de entendimentos entre os clubes para a definição dos participantes, fórmula de disputa e datas.

Em 15 de abril, é hora de compromisso para os três, com o início do Brasileirão e sua gangorra de 38 rodadas. E se forem adiante em seu desafio internacional, Atlético e Cruzeiro podem seguir dezembro adentro em ação, como esperaram ansiosamente os torcedores.

Melhor aproveitar as poucas semanas restantes de “folga”, já que, depois, garganta, coração e bolsos serão bastante exigidos, como em toda paixão que se preza.

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