Queda de braço estremece futuro da Liga: salário de Kalil seria pivô da desavença

Alberto Ribeiro - Hoje em Dia
22/12/2015 às 06:52.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:25
 (Alberto Ribeiro/Hoje em Dia)

(Alberto Ribeiro/Hoje em Dia)

A guerra de egos entre o presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, e o ex-mandatário do Atlético, Alexandre Kalil, foi o fator primordial que provocou o racha na Liga Sul-Minas-Rio. Nessa segunda (21), em entrevista coletiva, Kalil atribuiu a um “complô por vaidade” o fator preponderante na sua decisão de abandonar a direção executiva da entidade.

O Hoje em Dia apurou que o clima começou a azedar após Kalil pedir um salário de cerca de R$ 120 mil para permanecer como diretor da Liga.

Presidente da agremiação, Gilvan foi o primeiro a se opor contra a assembleia que votaria o pedido do atleticano. Diante disso, segundo informações de dirigentes de clubes, o ex-presidente do Galo foi o responsável em negociar a saída de Gilvan da presidência.

No início do mês, quando chegou à sede do Fluminense para uma reunião, Gilvan foi surpreendido ao ser informado sobre a convocação de uma nova eleição para o cargo de presidente da Liga. Na ocasião, Mário Celso Petraglia, presidente do Atlético-PR, um dos aliados de Kalil, foi eleito co-presidente da entidade. “Ele batalhou para assumir esse cargo”, justificou Kalil na época.

Reviravolta

A reunião causou grande constrangimento entre os clubese Gilvan recebeu apoio dos presidentes do Flamengo e do Fluminense, Eduardo Bandeira de Mello e Peter Siemsen, respectivamente. Os dois, juntamente com Atlético-PR e Internacional, negociaram o retorno d o Cruzeiro à Liga Sul-Minas-Rio, após Gilvan manifestar sua insatisfação com o grupo.

 

Nessa segunda (21), sem citar nomes, Kalil foi enfático ao afirmar que esses clubes foram os responsáveis pela sua retirada. “Cinco clubes, que não vou falar quais são, fizeram um complô contra mim. Por isso, estou fora. Conspiração é assim, feita na sombra. Eu fui pego de surpresa. Mas a Liga é de todos nós. Eu torço demais para dar tudo certo”, garante Kalil. “Isso dá muito ciúme, e ciúme de homem é pior do que de mulher. Aos ciumentos de plantão, eu agora estou fora”, completou.

 

Críticas

Sobre a decisão de Gilvan de tirar o Cruzeiro da Liga, Kalil questionou o argumento sobre a viabilidade econômica da competição. “Eu sou conhecido pelo meu temperamento. Quem não sabe, não vai me ensinar nada. Eu não sabia que tinha uma conspiração às escuras. Nunca trabalhei assim, nunca conspirei. Sei botar o peito na frente. Um clube sair da liga é um prejuízo, um diretor não. O que me estranhou foi dizer que a Liga não foi rentável, sendo que fui eu que negociei, ele (Gilvan) não participou de nenhuma reunião relativa ao assunto”, salientou Kalil.

“O que houve lá foi uma briga que não tenho nada a ver com isso. Foi entre o presidente do Atlético-PR e do Cruzeiro, e ele (Gilvan) perdeu. Foi isso que aconteceu”, ressaltou, negando retornar um dia à Liga.

 

Assista a seguir trecho do desabafo do ex-CEO:

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