Reforços sem estrear, reintegrações ao time e ida a Atibaia; as 'heranças' de Ney Franco ao Cruzeiro

Lucas Borges
@lucaslborges91
11/10/2020 às 23:19.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:46
 (Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

(Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

O Cruzeiro está em busca de seu quarto técnico na temporada. O empate em 0 a 0 com o Oeste, neste domingo (11), pela 15ª rodada da Série B, marcou o fim da curta trajetória do técnico Ney Franco à frente da Raposa.

Com apenas 32 dias de trabalho, o treinador deixou o clube estrelado na vice-lanterna da Série B, com apenas 12 pontos. No comando do time celeste, Ney obteve duas vitórias, um empate e quatro derrotas.

Além do fraco desempenho de 33,3%, Ney Franco deixa uma espécie de "herança" para o Cruzeiro.

O primeiro fator, talvez o mais frustrante para o técnico, foi a chegada de reforços que ainda não puderam estrear pela Raposa, em função de uma punição imposta pela Fifa.

A entidade máxima do futebol proibiu o clube estrelado de inscrever novos jogadores, até que resolva um impasse com o Zorya, da Ucrânia, referente à compra do atacante Willian Bigode, em 2014.  

Com isso, o atacante colombiano Iván Angulo - emprestado pelo Palmeiras - , e os meias-atacantes Matheus Índio e Giovanni, treinam na Toca da Raposa II, à espera da regularização para poderem debutar com a camisa celeste.

Angulo já havia acertado o retorno ao Cruzeiro um pouco antes da chegada de Ney. Já os dois últimos foram indicações do agora ex-comandante da Raposa.

Precisando de peças para tentar melhorar o pouco efetivo setor ofensivo do time estrelado, Ney não teve tempo de contar com os três jogadores.

Reintegrados

Com a sanção da Fifa e com pouco dinheiro em caixa para investir em contratações, a diretoria do Cruzeiro optou por reintegrar velhos conhecidos da torcida, para tentar reforçar o elenco.

Desde o início da temporada, a Raposa reincorporou oito jogadores que tem vínculo com o clube, mas que estavam emprestados para outras equipes.

Desses, quatro tiveram ou o pedido, ou o aval de Ney Franco para voltarem a vestir a camisa estrelada: Jadson, Marquinhos Gabriel, Sassá e Zé Eduardo.

Atibaia

Em meio ao péssimo momento na Série B, que desencadeou uma forte cobrança de parte da torcida celeste, a diretoria e a comissão técnica do Cruzeiro optaram por mandar ao time para Atibaia-SP, para passar um período de seis dias de treinamento.

Um dos objetivos era o de que o time pudesse tirar proveito da semana livre, sem jogos - algo raro nesta Série B - , com Ney Franco fazendo os ajustes que julgasse necessário.

A possibilidade de melhorar  a parte emocional do grupo, saindo de um possível ambiente hostil em Belo Horizonte, também foi um dos fatores para a decisão de ir para Atibaia.

Entretanto, o insucesso diante do Oeste pôs fim aos planos de Ney. Auxiliar fixo do clube, Célio Lúcio vai comandar os trabalhos em Atibaia, onde a delegação fica até quinta, enquanto a diretoria tenta acertar a chegada do novo técnico.

Na sexta-feira, a Raposa vai enfrentar o Juventude, às 21h30, no Mineirão, pela 16ª rodada da Série B.

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