Em pré-temporada desde o início do mês, o Guarani de Divinópolis sonha alto para o Campeonato Mineiro de 2015. Comandado pelo técnico Gian Rodrigues, o Bugre ainda finaliza a montagem do elenco, mas já tem um grande reforço para o ataque. Literalmente. Com 2,03 metros de altura, o mineiro Washington Roberto Mariano da Silva, de 29 anos, vai atuar pela primeira vez em Minas.   Natural de Cataguases, na Zona da Mata, Washington começou a carreira no Metropolitano, de Blumenau (SC). Depois, passou pelo Cruzeiro de Porto Alegre (RS) e, em 2008, transferiu-se para o modesto Gjorce Petrov, da Macedônia.    Com 9 gols nos 15 primeiros jogos, o atacante despertou o interesse do Partizan Belgrado, da Sérvia. “É uma cultura totalmente diferente da nossa. Em semanas de clássico, o clima fica bem tenso”, lembra o mineiro, referindo-se à disputa local contra o Estrela Vermelha. “Aqui (no Brasil), a rivalidade é clubística. Na Sérvia, o futebol se confunde com questões políticas. Isso deixa tudo diferente”, acrescenta Washington.    No futebol sérvio, ele atuou ainda pelo FK Borac Cacak e pelo Dohuk FC, clube no qual permaneceu até o fim do ano passado.   O atacante explica que a saudade de casa foi determinante para o acerto com o Bugre. Com vontade de retornar ao país, Washington viu no Campeonato Mineiro uma porta de entrada para se firmar nos gramados tupiniquins. Para isso, espera driblar a desconfiança dos brasileiros, que, ressalta ele, rotulam jogadores altos como desajeitados e pouco habilidosos.   Para Washington, a característica é vista como uma vantagem no exterior. “Na Europa, é comum ver jogadores da minha altura. Aqui no Brasil o povo não é acostumado, mas, fora, é a coisa mais normal do mundo”, conta. “Prendo bem a bola, mas também tenho habilidade para driblar os adversários”, garante.   Com contrato até o fim do Estadual, o atacante espera se destacar e ganhar mercado para permanecer no futebol brasileiro. “Quero dar o meu máximo por aqui. Mas, caso não der certo, ainda posso aproveitar a janela de transferências para a Europa, no meio do ano, e sair do país novamente. Ainda tenho mercado lá”, avalia o atacante.

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