Reformulado após os títulos de 2013 e 2014, time tenta entrar em seleto hall

Gláucio Castro - Hoje em Dia
08/05/2015 às 08:28.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:56
 (Arte HD)

(Arte HD)

Campeão das duas últimas edições do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro tem como desafio e meta entrar para o seleto grupo dos clubes que levantaram o caneco nacional três vezes seguidas.   Desde que a competição ganhou o peso de campeonato nacional, a partir de 1971, apenas o São Paulo comandado por Muricy Ramalho atingiu tal façanha – nas temporadas de 2006, 2007 e 2008. Antes, entre 1961 e 1965, período da Taça Brasil, o Santos foi campeão por cinco vezes seguidas.   Jogador mais experiente do grupo celeste, o goleiro Fábio tem a receita de cor, mas sabe que a tarefa não é tão simples assim. “Precisamos ter atitude de vencedor. Temos que ter equilíbrio buscando sempre os pontos necessários, mesmo jogando fora de casa. A gente viu que tem ser dessa forma, porque nos anos anteriores atuamos assim e fomos felizardos”, explica o camisa 1 da Raposa. Não fosse mais uma boa atuação de Fábio, o time do técnico Marcelo Oliveira poderia ter sofrido uma derrota maior para o São Paulo, quarta-feira, pela Libertadores.   Se, nas duas últimas edições do Nacional, o time do técnico Marcelo Oliveira primava pelo entrosamento de um grupo montado para 2013 e que deu a chamada ‘liga’, dessa vez a história é diferente.   Com a remontagem do elenco ocorrida no início de 2015, boa parte dos atletas que hoje estão na Toca não participou das duas campanhas vitoriosas, como o meia uruguaio Arrascaeta e o atacante Leandro Damião, destaques na atual temporada.   Camisa 10???   Desde a saída de Ricardo Goulart, Everton Ribeiro, Lucas Silva e outras peças, o time ainda não se encontrou em campo. Perdeu a semifinal do Campeonato Mineiro para o rival Atlético e fez partidas irregulares na primeira fase da Libertadores, além da péssima apresentação diante do Tricolor, na quarta (6).   O Cruzeiro inicia a disputa sem o aguardado camisa 10 que a diretoria havia prometido. Ronaldinho Gaúcho, Lucas Lima e Robinho foram procurados, mas não houve acordo.   Apesar dos resultados adversos até o momento na temporada, o Cruzeiro ainda é tido como um dos times a serem batidos – por conta das boas campanhas dos anos anteriores. E os jogadores celestes estão cientes disso.   No Brasileirão, a epopeia da Raposa começa distante da China Azul. Por causa de confusão envolvendo torcedores do clube, a equipe será obrigada a cumprir punição da perda de um mando de campo. A estreia contra o Corinthians no domingo será na Arena Pantanal, em Cuiabá, a mais de 1.500 quilômetros de Belo Horizonte.   Diretoria ainda trabalha em busca do patrocinador master   A ausência de um camisa 10 não é o único drama do Cruzeiro para este início de Campeonato Brasileiro.   Desde 2009, o time da Toca da Raposa não começava a mais importante competição nacional sem um patrocinador master no uniforme.   Apesar do período de crise na economia nacional, a diretoria do Cruzeiro não desistiu de encontrar um parceiro.   “As negociações com a Caixa Econômica estão paralisadas. Estamos conversando com uma empresa internacional que está investindo bastante na América Latina, mas não temos nenhuma garantia que vamos conseguir fechar. Por isso, estamos otimizando ao máximo outras receitas, como o sócio-torcedor e patrocinadores em outras partes do uniforme”, explica o diretor comercial da Raposa, Robson Pires.   Pela ausência de patrocínio master, o clube deixa de arrecadar por mês cifras em torno de R$ 1,5 milhão, já que a expectativa era fechar um acordo anual na casa dos R$ 20 milhões.   A situação acontece justamente num momento em que a marca do Cruzeiro está valorizada, com as duas taças consecutivas do Brasileirão e participações seguidas na Libertadores.   O vínculo do Cruzeiro com o Banco BMG se encerrou no fim do ano passado. A expectativa era fechar com a Caixa, situação que não foi concretizada até o momento.

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