Relíquias dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio-2016 entram em leilão

Estadão Conteúdo
21/09/2016 às 08:33.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:55
 (Flávio Tavares - enviado especial)

(Flávio Tavares - enviado especial)

O torcedor que quiser guardar um pedaço da história olímpica e paralímpica dos Jogos do Rio-2016 tem a chance de dar seu lance a centenas de objetos que fazem parte do Leilão Oficial. Todo dia novas peças entram no cardápio do site e pessoas do mundo todo estão atrás das relíquias.

Até agora, o item mais caro que foi negociado foi a tocha que Vanderlei Cordeiro de Lima usou para acender a pira olímpica no estádio do Maracanã. Um torcedor pagou R$ 216.050,00 para levar o símbolo dos Jogos para casa. "As tochas são as peças preferidas. Mas as súmulas assinadas pelos técnicos, atletas e juízes, de esportes como natação, vôlei e basquete, por exemplo, atraem muitos lances dos fãs dessas modalidades. A bola da final do vôlei feminino foi comprada por um chinês por R$ 35.500,00", explicou Jon Curleigh, do Grupo Pursuit3, licenciado do leilão oficial.

A bola de vôlei é o segundo item mais caro até o momento. Depois vem a bola utilizada na decisão entre Brasil e Alemanha, que rendeu o primeiro ouro olímpico do país no futebol. Ela custou R$ 30.055,00. Já as luvas vermelhas de boxe da categoria masculino acima de 91 kg, com etiqueta comemorativa e autografadas pelo campeão francês Tony Yoka, saíram por R$ 22.215,00.

O leilão arrecada dinheiro para o Comitê Organizador Rio-2016. O atleta também ganha uma parte do lucro. "Não revelamos números, mas o valor arrecadado será encaminhado ao Comitê. Por isso, indiretamente, quem compra ajuda os Jogos Olímpicos e Paralímpicos a acontecerem. Além disso, todos os atletas envolvidos também têm participação no lucro obtido com as peças leiloadas com as respectivas assinaturas", explicou Curleigh.

Entre os atletas que aceitaram participar estão Arthur Zanetti, Jade Barbosa, Diego Hypolito e Arthur Nory, entre outros. "Graças ao apoio da Effect Sport, nosso parceiro na iniciativa, alguns dos maiores heróis brasileiros no esporte passaram a fazer parte do projeto: eles assinam certificados de autenticidade das peças e, em alguns casos como a Rafaela Silva, adicionam ao leilão itens próprios - ela incluiu um quimono de treino e uma faixa preta".

A plataforma do leilão vai funcionar até 31 de dezembro deste ano e a expectativa é de que mais de 15 mil objetos sejam colocados à disposição. O leilão já foi realizado após os Jogos de Inverno de Vancouver (2010) e Sochi (2014) e os Jogos de Londres (2012). Mas pela primeira vez é aberto a torcedores de qualquer lugar do mundo - antes só era feito localmente.
http://www.estadao.com.br

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