Renda do Atlético na temporada é menor que a arrecadação do Cruzeiro na Libertadores

Alexandre Simões e Henrique André
esportes@hojeemdia.com.br
24/09/2018 às 20:23.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:37

Figurar, no mínimo, entre os seis primeiros colocados do Campeonato Brasileiro e conseguir uma vaga na Copa Libertadores de 2019 é a missão do Atlético para aumentar consideravelmente a renda bruta na próxima temporada. Comparar com os ganhos do Cruzeiro, maior rival, talvez seja a melhor forma de provar o quão importante é participar do torneio.

Caso mantenha a média de arrecadação bruta do ano (R$ 296 mil) nas últimas seis partidas que fará em casa pelo Brasileiro, o Alvinegro deve arrecadar algo em torno de R$ 1,8 milhão, chegando perto dos R$ 8,2 milhões em 2018. 

Para se ter uma ideia, este valor é inferior ao acumulado pelo time celeste, até o momento, só na Libertadores. Cabe lembrar que a Raposa, que está nas quartas de final, ainda tem pelo menos mais um confronto pela frente: no dia 4 de outubro, a equipe receberá o Boca Juniors, da Argentina, no Mineirão.

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Outra curiosidade é que quase 42% da receita bruta do Cruzeiro com jogos foi registrada apenas no principal torneio de clubes das Américas, embora as quatro partidas feitas em casa correspondam a somente 14% das realizadas como mandante neste ano.

Para ver o Atlético em ação no Independência, o torcedor alvinegro desembolsa em média R$ 18,39 pelo ingresso. O cruzeirense, por sua vez, paga R$ 30,82, também em média, para ir ao Gigante da Pampulha – na Libertadores, esse valor chega a quase R$ 60.

Fator casa

Outro aspecto que contribui para tais diferenças entre os dois maiores clubes mineiros é a casa que escolheram para realizar suas partidas. No Horto, o Galo fica limitado à capacidade de 23 mil espectadores por jogo; na Pampulha, a Raposa tem pouco mais de 60 mil lugares à disposição.

Dos 25 jogos na temporada em que exerceu o mando de campo, todos no Independência, o Atlético arrecadou R$ 7,4 milhões. Este valor corresponde a metade do que foi arrecado pelo clube só na final da Copa Libertadores de 2013, contra o Olímpia, do Paraguai (R$ 14.176.146). Naquela ocasião, 56.557 torcedores pagaram ingresso para acompanhar o duelo decisivo no Mineirão.

Sem nenhuma partida disputada no principal palco do futebol mineiro como mandante em 2018, a tendência é que o Atlético siga sem atuar por lá até a 38ª rodada do Brasileirão.

“Contar com essas arenas da Copa é totalmente inviável. São estádios inteiramente inadequados para eventos de campeonatos, quando você tem que ter uma série de possibilidades, como ingressos mais baratos”, disse o vice-presidente do Atlético, Lásaro Cândido, em entrevista concedida ao Globoesporte.com.

Sexto colocado da Série A, com 42 pontos, o time do técnico Thiago Larghi ainda enfrentará Sport, América, Grêmio, Palmeiras, Bahia e Botafogo como mandante neste ano.

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