Responsável por dívida na Fifa, Gilvan clamou por venda da Campestre 2 e elogiou Sérgio Rodrigues

Guilherme Piu
@guilhermepiu
03/08/2020 às 23:29.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:11
 (Reprodução/Cruzeiro)

(Reprodução/Cruzeiro)

Reprodução/Cruzeiro

O ex-presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, responsável pela contratação do volante Denílson junto ao Al Wahda-EAR, em 2016, e que gerou dívida de R$ 5,3 milhões na Fifa, clamou pela venda da Campestre 2 durante a reunião extraordinária do Conselho Deliberativo. No encontro, realizado na noite da última segunda-feira, na sede do Barro Preto, os conselheiros votaram pela venda do imóvel, subutilizado pelo clube, e que está avaliado em até R$ 15 milhões. 

Tal negociação com o time do mundo árabe, que não foi paga à época em que Gilvan presidiu o clube, gera discussão milionária na Fifa e pode rebaixar a Raposa à Série C do Campeonato Brasileiro. O Al Wahda já pediu, inclusive, que a Raposa seja rebaixada à Terceira Divisão no Brasil.

"Estamos no momento de aflição, precisando de obter arrecadação, receita, para suprir esse momento, agora no mês de agosto. E acredito que todos que aqui estão são conselheiros do mesmo naipe de nós todos, pessoas que querem o bem do Cruzeiro, e vão permitir sim que essa venda se realize, para salvar uma situação momentânea do Cruzeiro. Gostaria que os senhores apoiassem esse momento, essa necessidade", clamou. 

Durante seu discurso, que durou cerca de três minutos, Gilvan defendeu que a aprovação para venda da Campestre 2 necessitava apenas de nove décimos dos presentes à reunião. O ex-presidente ainda lembrou de uma situação ocorrida no passado. 

"Um apartamento na rua Araguari também foi vendido e teve a aprovação do Conselho Deliberativo para venda, sem questionamento de necessidade de nove décimos da totalidade dos conselheiros, não houve nenhum questionamento. De mais a mais, o nosso Estatuto vem sendo questionado em todas as decisões do Conselho, em assembleia geral, nunca se exigiu nove percentual referente à totalidade dos conselheiros ou dos associados do Cruzeiro. Na assembleia geral exige percentual de associados em condição de votar. E aqui no Conselho sempre se decidiu pela maioria dos presentes", explicou. 

Responsável por não indicar Sérgio Santos Rodrigues para concorrer como candidato da situação às eleições presidenciais em 2017, Gilvan, que preferiu apoiar Wagner Pires de Sá em um primeiro momento, teceu elogios ao atual presidente da Raposa.

"Parabéns, presidente. O senhor está demonstrando que sua eleição foi acertada, pela competência que está desenvolvendo à administração do Cruzeiro", finalizou assim seu discurso.

Rompimento em 2017

Informações de bastidores apontam que em 2017 o então presidente Gilvan de Pinho Tavares se indispôs com Sérgio Santos Rodrigues. E essa indisposição impediu que o hoje presidente do Cruzeiro fosse, há três anos, candidato da situação ao cargo de presidente, que acabou ocupado por Wagner Pires de Sá.

Naquele momento havia uma disputa interna, tendo em vista que Gilvan de Pinho Tavares desejava a indicação de Bruno Vicintin à presidência. No entanto, o seu diretor de futebol não tinha atributos estatutários para tal. Sem opção e com a eleição batendo à porta, Gilvan acabou optando por apoiar Wagner Pires de Sá.

Depois da eleição, quando Pires de Sá optou por manter Itair Machado como membro da diretoria, Gilvan e aliados romperam com Wagner. Pires de Sá sequer terminou seu primeiro mandato, renunciando após o rebaixamento do Cruzeiro no ano passado. 

  

  

  

  

  

  

  

  

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