
Aconteceu na manhã desta quarta-feira na sede da Federação Mineira de Futebol (FMF), com muita polêmica, a reunião que definiu todos os detalhes do clássico entre Atlético e Cruzeiro, marcado para este domingo, às 16h, no Mineirão. E membros das diretorias dos dois clubes já esquentaram o clima da partida antes mesmo de a bola rolar.
Mandante do jogo válido pela 26ª rodada, o Cruzeiro destinará apenas 3.500 ingressos ao Atlético, quantidade inferior aos 10% de entradas as quais o visitante tem direito. O Mineirão possui capacidade 62.170 lugares, sendo a previsão de público de 60 mil torcedores no domingo. Na ata da reunião ficou estabelecido que o Galo terá direito a 8% da capacidade total. Como haverá isolamento de segurança nos setores 343, 344, 144, 145, 146, 103 e 104, a carga de ingressos para os alvinegros ficou comprometida.
A diretoria celeste alega que sua decisão respeita um laudo de segurança da Polícia Militar e, por isso, menos de 6% dos bilhetes serão disponibilizadas ao Alvinegro. Em contrapartida, os dirigentes atleticanos reclamam que os cruzeirenses desrespeitam o regulamento do Campeonato Brasileiro e estudarão a possibilidade de, quem sabe, acionar o arquirrival na Justiça.
Além da polêmica envolvendo os ingressos, os mascotes de ambos os clubes também foram alvo de discordância na reunião. Como o Atlético solicitou que o Raposão não entrasse em campo no clássico do primeiro turno do Brasileiro, no Independência, o Cruzeiro “usou a mesma moeda” para dar o troco. Impediu a presença do “Galo Doido” no Mineirão.
Não bastasse tudo isso, dirigentes de Atlético e Cruzeiro trocaram alfinetadas no encontro. Mostrando indignação pelas determinações do Cruzeiro, o diretor jurídico alvinegro Lásaro Cândido da Cunha insinuou que o Cruzeiro seria rebaixado à Série B. Em resposta, o diretor de tecnologia da Raposa, Aristóteles Loredo, afirmou nas entrelinhas que o Galo briga em vão pelo título nacional.