Revelação do Galo acredita ter muito a evoluir e mostra humildade

Frederico Ribeiro - Hoje em Dia
14/12/2014 às 09:03.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:22
 (Gabriel Castro/Eleven Brasil/Divulgação)

(Gabriel Castro/Eleven Brasil/Divulgação)

Fora das quatro linhas, o jovem Jemerson costuma sempre colocar o “escorpião no bolso”. Mas dentro de campo, o zagueiro não economiza. Em 2014, ostentou o seu futebol em atuações impecáveis. Terminou a temporada encharcado de elogios e espera que a próxima temporada seja o momento de decolar de vez na carreira, para nunca mais pousar.   “O meu primeiro salário eu guardei tudo pra gastar com alguma coisa que precisasse mais pra frente. Graças a Deus, sempre fui muito controlado com dinheiro e procuro não gastar com qualquer coisa”, brinca o zagueiro em entrevista exclusiva ao Hoje em Dia.   O aluno deu aula. Aos 22 anos, Jemerson terminou 2014 por cima. Está pronto para curtir as férias no interior da Bahia. Descanso merecido para quem conquistou a Recopa Sul-Americana e a Copa do Brasil. Mais do que isso, soube aprender com os “professores” Réver, Leonardo Silva, Edcarlos e Emerson para virar uma peça fundamental no time titular.   “Eu sempre digo que os meus professores estão na Cidade do Galo: Emerson, Léo Silva, Réver e Edcarlos. São caras experientes, que conhecem muito e orientam sempre a mim, ao Donato e ao Thiago, que somos mais novos. Procuro pegar um pouquinho de cada um, ouço muito o que eles falam, pra tentar assimilar da melhor maneira possível”, afirmou o jogador.   A grande revelação do Atlético agarrou as chances oferecidas pelo técnico Levir Culpi, foi favorecido pelas lesões repetitivas de Réver e provou que muitos de seus críticos das categorias de base estavam errados. Diante de vários zagueiros experientes para ensinar a arte da defesa, “Jerê” – apelido recebido por causa da cidade natal, Jeremoabo (BA) – projeta um 2015 com ainda mais protagonismo na titularidade do time alvinegro. Fará sua primeira participação na Copa Libertadores, sabendo que nunca é bom sentar em cima do sucesso e se acomodar.   “Tomara que seja mais um ano vitorioso, de muita alegria para todo o time, e que a gente possa levantar mais troféus. Tenho a cabeça no lugar, sei que vou precisar ser cada vez melhor e matar um leão por dia. Em todo grande clube, com jogadores do nível dos que temos no Atlético, é sempre assim. Espero continuar ajudando a equipe, jogando em alto nível e fazendo bem o meu papel dentro de campo”, promete a revelação alvinegra.     ENTREVISTA - Jemerson   Depois de se firmar no Atlético, quais são os próximos desafios que você tem em mente? Jogar na Europa, ou chegar à Seleção Brasileira, talvez? O Atlético é a minha casa, é o clube que me abriu as portas e pelo qual eu tenho muito carinho. Ainda não penso em sair, acho que tenho muito a fazer pelo time e muito a conquistar. Seleção Brasileira é sempre um sonho e um objetivo para qualquer jogador, mas preciso continuar fazendo tudo da melhor forma para chegar lá. Espero que possa ter a minha chance um dia, e vou batalhar muito por isso.     O Diego Tardelli citou bastante o problema dos salários atrasados. Mas isso parece nunca ter diminuído a vontade do elenco em campo. Como vocês lidam com esse assunto, dentro do elenco? Quando a gente veste essa camisa e entra no campo, qualquer problema tem de ficar do lado de fora. Estádio cheio, a torcida gritando e incentivando... Não dá para pensar em outra coisa que não seja ir para cima dos adversários e conseguir todas essas vitórias que nós conseguimos nesse ano. É isso o que importa, e é por essas vitórias que nossos nomes vão ficar marcados na história do Atlético.   Todo bom zagueiro revelado pelo Galo é logo comparado ao Luizinho. Você já sofreu isso. Mas existe alguma outra figura, ex-jogador ou não, que serve de inspiração para você? Por quê? Isso é uma coisa que não me ilude e não tira o meu foco. O professor Levir fez essa comparação, e foi um grande elogio pra mim, ouvir isso de um treinador que tem uma carreira tão vencedora. Mas eu não acho que já mereço tanto. Ainda tenho que escrever minha história aqui dentro. Não quero ser o novo Luizinho, quero ser o Jemerson, ou o Jerê (risos).

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