Ricardo Oliveira é único camisa 9 de BH a brilhar na primeira fase do Estadual

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
15/03/2018 às 18:19.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:53
 (Mourão Panda/América; Bruno Cantini/Atlético; Washington Alves/Cruzeiro)

(Mourão Panda/América; Bruno Cantini/Atlético; Washington Alves/Cruzeiro)

O início do Campeonato Mineiro foi marcado pela expectativa em torno do duelo entre os centroavantes Rafael Moura, do América, Ricardo Oliveira, do Atlético, e Fred, do Cruzeiro. Mas dos três, apenas o camisa 9 alvinegro justificou a fama de artilheiro na primeira fase do Estadual, que acabou não tendo os gols como destaque.

Muito pelo contrário. As 147 bolas nas redes nas 66 partidas disputadas este ano estão dentro da média das últimas quatro temporadas, pois foram 148 gols na etapa classificatória do ano passado, 159, em 2016, e 146, em 2015, ano que registrou a pior marca desde 2005, quando a primeira fase do Campeonato Mineiro passou a contar com 12 clubes se enfrentando em turno único, o que provoca a disputa de 66 partidas.

Mais um número mostra que os artilheiros decepcionaram, nesse caso específico Fred, pois seu clube, o Cruzeiro, teve o pior melhor ataque da primeira fase do Estadual desde 2005.

A Raposa marcou 20 gols, apenas um deles do seu camisa 9, média de 1,81 por partida. Desde 2005, o melhor ataque da fase classificatória nunca tinha marcado menos de dois gols por jogo. A pior marca eram as 22 bolas na rede do próprio Cruzeiro, em 2008.

Além disso, no ano passado, pelo Atlético, Fred marcou os dez gols que fizeram dele o artilheiro do Campeonato Mineiro de 2017 na primeira fase. 

Seu reserva era Rafael Moura, que mesmo nessa condição marcou três gols na fase classificatória do Estadual. Agora, no América, onde foi titular em oito das 11 partidas, o He-Man balançou a rede apenas uma vez.

CUSTO BENEFÍCIO

Com uma nova realidade financeira, o Atlético deixou de contar com Fred, que acabou se transferindo para o rival Cruzeiro numa negociação polêmica, e resolveu apostar em Ricardo Oliveira, que chegou à Cidade do Galo custando mais de três vezes menos que o antigo dono da camisa 9 alvinegra.

E neste início de temporada, o Pastor, como é carinhosamente chamado pela torcida, por causa da sua atuação religiosa, está correspondendo.

Dos badalados centroavantes dos três grandes de Belo Horizonte, apenas ele tem números que correspondem a um goleador. Balançou a rede quatro vezes em oito partidas e entra na reta final do Campeonato Mineiro brigando pela artilharia da competição, que hoje é ocupada por Aylon, do América, com 6 gols.

Assim como no Coelho, na Raposa um jogador não acostumado com o ofício está ocupando a condição de artilheiro do time no Estadual. É o meia Rafinha, com 5 gols.
O título é o objetivo principal. Mas a briga pela artilharia do Campeonato Mineiro também vai agitar a reta final da competição, que começa neste sábado (17). Ed, Arte 

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