RIO DE JANEIRO - As bodas de 25 anos do técnico Rogério Micale com a esposa Silvana, no último dia 16 de agosto, foram de prata, mas a comemoração veio com ouro.
"No momento ali eu chorei muito, Passa um filme na nossa cabeça. Onde eu comecei, lugares que eu trabalhei. Alguns sem condição. Mas sempre acreditando que um dia, estudando, tendo experiência, eu poderia conseguir algo com meu trabalho. Dedico isso à minha mulher, Silvana, minha filha Natalia, Carolina, Amanda. Fiz 25 anos de casamento dia 16. Não pude estar junto, mas eu falei que as bodas de prata, se Deus quiser, seria em ouro", afirmou, após a vitória sobre a Alemanha na noite deste sábado (20).
O técnico disse que ainda a ficha não caiu sobre a dimensão que a conquista do título olímpico terá sobre a carreira dele.
"Eu vou continuar trabalhando, como sempre fiz. Não sei o que me revela o futuro, mas continuarei com aquilo que eu acredito, a minha forma de fazer futebol. Só com o passar dos dias que a gente vai tomar proporção de uma conquista como essa", revelou.
Questionado se a medalha de ouro olímpica pode fazer com que os brasileiros podem voltar a sentir orgulho da equipe masculina, ele disse que espera que sim.
"Uma conquista que nós almejávamos há muito tempo. Uma responsabilidade muito grande. Eu acredito que é uma fase que passou e agora, até para o futuro, nós vamos ter tranquilidade para lidar com essa situação", argumentou.
Micale agradeceu a paciência da imprensa com ele, a afirmou que o esquema tático montado por ele pode contribuir para a seleção principal.
"Eu espero que possa ter contribuído, e que o professor Tite possa levar algo para a principal. Mas são situações bastante diferentes. Ele vai ter três dias para organizar um trabalho, e a gente torce muito que possa ter contribuído. No futuro, a gente pode ter uma geração muito boa. Acredito que a gente possa ter uma geração muito boa. Com esse amadurecimento tático, eu acredito nisso", enfatizou.