(Rose Oliveira)
De um lado Fábio, duas vezes campeão brasileiro. Do outro Victor, que levantou recentemente os troféus das Copas Libertadores, do Brasil e da Recopa. Numa competição que conta com dois dos melhores goleiros do país, um terceiro nome vem roubando a cena neste Campeonato Mineiro. Rodrigo Viana Conceição, de 25 anos, muito prazer.
Com 1,83 metro de altura, o camisa 1 da Caldense não sofre um gol há 450 minutos, feito de deixar Fábio e Victor com inveja. A última vez que Rodrigo buscou a bola no fundo da rede foi na tarde de 7 de março, quando a Veterana venceu o Tupi por 2 a 1, no Ronaldão, em Poços de Caldas.
De lá para cá são cinco jogos e nenhum gol sofrido. As boas atuações foram decisivas para a Caldense garantir a primeira colocação na fase classificatória do Estadual, com a defesa menos vazada: tomou apenas quatro gols. Cruzeiro e Atlético levaram sete, cada.
Se o goleiro da Veterana repetir as boas atuações das últimas partidas no domingo, contra o Tombense, e sair de campo sem ser vazado mais uma vez, este carioca garante o time do Sul de Minas na grande decisão do Mineiro.
Por ter a melhor campanha da primeira fase, a Caldense joga por novo empate. A partida de ida terminou em 0 a 0, em Tombos, na Zona da Mata.
“Para mim é gratificante estar em uma semifinal ao lado de dois dos melhores dos goleiros do Brasil, de Seleção. Se a gente passar estarei frente a frente com um profissional do mais alto nível. Temos que fazer a nossa parte e lutar para alcançar a vaga na final”, projeta Rodrigo.
Para aliviar a tensão antes do confronto decisivo, em casa, no domingo, Rodrigo passou a tarde dessa quinta-feira (16) de folga curtindo o carinho da mulher Camile e do filho João Felipe, de apenas 2 anos. “Não há maneira melhor para me concentrar para uma partida importante como esta do que o carinho da família”.
Receita
Com bastante humildade, Rodrigo dá a receita para a boa sequência sem as temidas bolas nas redes. “A marcação tem que começar lá atrás. Eu procuro passar o máximo de informação durante o jogo para os meus companheiros. Isso tudo facilita. Quando a bola chega até a área, fica bem mais fácil de defender”, explica Rodrigo.
Sobre a responsabilidade de estar com a vaga na final, literalmente, nas mãos, o goleiro da Caldense tenta relaxar. “Não procuro pensar muito nisso. Procuro pensar em fazer o meu melhor dentro de campo. Mas se eu não tomar gol, melhor ainda”.
Atualizada às 19h