(Bruno Haddad/Cruzeiro)
A maior crise financeira de seus 99 anos de história fez com que o Cruzeiro iniciasse a temporada com um elenco bastante reformulado em relação ao final de 2019. No grupo atual, o técnico Adilson Batista conta com quatro jogadores experientes, que servirão como referências para os vários jovens do time, considerados a ‘salvação’ do clube estrelado, tanto dentro quanto fora de campo.
Entre os pilares da equipe está Rodriguinho, que, além de Fábio, Edílson e Léo (que já cravaram a continuidade na Raposa), tem a responsabilidade de comandar a equipe dentro de campo. Contratado sob forte expectativa no início do ano passado, o meia pouco jogou pela Raposa (20 duelos em 2019), em função de um problema lombar, que o deixou de fora dos gramados por um longo período.
Apesar da importância no atual elenco, o jogador dificilmente vai permanecer no Cruzeiro no restante da temporada.
Com um salário bem acima da atual realidade financeira do clube, o meia ainda negocia com a diretoria um acordo para definir seu futuro. Entretanto, em entrevistas recentes, Rodriguinho afirmou que vê distante um acerto para continuar na Toca II.
Enquanto aguarda a definição do imbróglio, o jogador se dispôs a atuar e foi escalado nos dois primeiros embates do Cruzeiro do Estadual. Tanto nos confrontos com Boa Esporte e Villa Nova, que acabaram em vitórias da Raposa no Mineirão, Rodriguinho dividiu a armação das jogadas com o jovem Maurício, considerado uma das grandes promessas dentro do clube celeste.Bruno Haddad/Cruzeiro
Troca de bastão
A parceria entre os dois gerou grande expectativa no torcedor, que vê o setor de criação como um dos pontos fortes no jovem e reformulado time de 2020.
Mesmo com a grande bagagem de Rodriguinho no futebol, é Maurício quem vem se destacando neste início de Mineiro.
Aos 18 anos, o armador chamou a responsabilidade nas partidas e participou da maioria das principais chances de gol do time nos confrontos.
O crescimento de Maurício, que recebeu as primeiras chances ainda no Brasileiro de 2019 e teve a presença no time cobrada por parte da torcida, e a provável saída de Rodriguinho, fazem que haja uma espécie de troca de bastão no meio de campo cruzeirense neste início de ano.
Tal mudança não se restringe apenas a quem será o principal armador da equipe na sequência dos jogos, mas também ilustra a nova realidade do Cruzeiro, em que os jovens jogadores vão ter que assumir o protagonismo nesta temporada de reconstrução da agremiação.