Romances que marcaram história nos Jogos Olímpicos

AFP
25/07/2012 às 10:24.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:49
 (Ben Stansall/AFP)

(Ben Stansall/AFP)

O tenista suíço Roger Federer e sua esposa Mirka Vavrinec são um dos casais mais famosos que começaram a escrever sua história de amor graças aos Jogos Olímpicos, e permanecem unidos desde Sydney-2000, embora outros romances não tenham terminado com final feliz à luz dos anéis olímpicos. Nestes mesmos Jogos australianos, a maior parte da imprensa de fofocas que foi a Sydney para retratar histórias de amor focou suas atenções na atleta americana Marion Jones e em Cottrell J. Hunter, seu marido desde o fim de 1998.

Mas menos de um ano depois dos Jogos, Marion Jones anunciou que se separava do arremessador de peso. Fim do romance entre a tripla medalhista de ouro em Sydney e seu marido de 150 quilos, que havia recebido um resultado antidoping positivo para nandrolona. Jones, rápida como nas pistas, cultivou um novo amor com Tim Montgomery, o novo recordista mundial de 100 metros, mas CJ Hunter atrapalhou seu romance ao acusar a velocista de doping, a poucos meses dos Jogos de Atenas, empurrando aquela nova história de amor ao desastre total.

Visando os Jogos de Pequim-2008, a saltadora com vara russa Yelena Isimbayeva, multicampeã mundial, conheceu em meio às sessões de treinamento e competições um lançador de disco argentino que conseguiu cativar seu coração, Jorge Balliengo, mas o romance terminou a pouco tempo do início da competição na China.

"Estive quase dois anos com ela. Compartilhamos treinamentos na Itália, vivíamos no mesmo lugar. Começamos a sair em 2006 e neste ano (2008) terminamos e ela está na sua e eu na minha. Por enquanto somos bons amigos", disse o atleta à imprensa argentina.

Em Londres, ambos voltarão a se cruzar. Haverá tempo para reavivar o fogo onde ficaram cinzas? Uma história parecida ocorreu em 1956. Recordista mundial do lançamento de martelo, o americano Harold Connolly retornou dos Jogos de Melbourne com um ouro e uma namorada, a lançadora de disco tcheca Olga Fikotova, medalhista de ouro um dia antes dele. Após alguns meses se casaram, embora o casal tenha se divorciado em 1973.

Menos midiático pela época, mas mais ruidoso pela importância de seus protagonistas, em Berlim-1936 Adolf Hitler convidou a campeã olímpica de 100 metros, a americana Helen Stephens, que terminou por revelar aquele convite. Hitler expressou seu encanto por ela enquanto passava uma mão em suas nádegas. "Você tem o verdadeiro tipo ariano. Deveria correr pela Alemanha", disse Hitler, que depois a chamou para passar um fim de semana com ele em Berchtesgaden, convite que Stephens rejeitou.

Em Helsinke-1952, o romance entre Emil Zatopek e Dana Ingrova potencializou as proezas destes atletas. Em seus segundos Jogos, Emil venceu a prova de 5.000 metros. Dana, que competia no lançamento de dardo, pegou a medalha de ouro e a guardou como amuleto da sorte, e deu resultado: lançou 50,47 metros e venceu, batendo inclusive o recorde olímpico. Em Tóquio-1968, a ginasta tchecoslovaca Vera Caslavska levou do Japão um ouro e um futuro marido, o atleta Josef Odlozil, vice-campeão olímpico de 1.500 metros naquele ano. No dia 26 de outubro, um dia após as finais por aparelhos, os dois namorados se casaram no México. Quatro ouros, duas pratas e 19 anos depois, o amor acabou com divórcio.

Londres-2012 promete mais enredos na Vila Olímpica, o berço de muitos amores que na maior parte dos casos permanece no anonimato.

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