Roupeiro do Cruzeiro e massagista do Atlético também querem colocar a faixa de campeão no peito

Henrique André - Hoje em Dia
26/11/2014 às 07:53.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:10
 (André Brant & Luiz Costa)

(André Brant & Luiz Costa)

Egressos do tempo em que o amor à camisa estava, às vezes, acima até do dinheiro, Geraldo Barros, o Geraldinho, e Belmiro de Oliveira, o Bel, são dois personagens à parte nesta final da Copa do Brasil. O roupeiro do Cruzeiro e o massagista do Atlético, respectivamente, são figuras marcantes nos bastidores do clássico desta noite. Desde 1969 trabalhando no Atlético, o massagista Belmiro é um dos funcionários mais conhecidos do clube alvinegro e também do futebol mineiro. Por suas mãos passaram os maiores jogadores da história do Galo, como Reinaldo, Nelinho, Cerezo, Eder, Ronaldinho Gaúcho e outros craques.    Presente nos pôsteres das maiores conquistas do clube, como a Libertadores do ano passado, e também nas maiores crises, como a queda para a Série B em 2005, Belmiro vive a expectativa de figurar na foto do título da Copa do Brasil, a primeira da história do Galo. “Clássico é diferente de tudo que há no futebol. Mesmo sendo uma final inédita, confesso que estou tranquilo. A gente, do suporte, que trabalha para os jogadores, procura passar essa calma para eles”, diz.   Já Geraldinho, que há mais de 30 anos trabalha no clube celeste, no qual ingressou ainda muito novo, como jardineiro, também se orgulha por ter vivido momentos inesquecíveis pela Raposa. A vitória contra o Palmeiras, em 1996, em pleno Parque Antártica, que deu o título da Copa do Brasil ao time estrelado, talvez seja o principal deles.    O roupeiro, que agora sonha em conquistar o penta, confia no potencial da equipe e acredita que a desvantagem de 2 a 0, sofrida na primeira partida da final, será invertida. “Estou acostumado com grandes conquistas. Acredito muito na virada e no título”, afirma, confiante.   Querido por vários ídolos que passaram pelo clube, como Roberto Gaúcho, Nonato, Alex e Ronaldo, o funcionário guarda com carinho um presente especial: a camisa do Corinthians que recebeu do “Fenômeno”, na última partida do amigo como profissional.   “Guardo esta camisa no meu guarda-roupas. Foi um grande presente que ele (Ronaldo) me deu”, conta o sorridente Geraldinho.   Cada um na sua   Se, de um lado, Belmiro é sempre visto em campo, quando algum jogador precisa daquela “aguinha milagrosa”, Geraldinho não tem o mesmo privilégio. O roupeiro é responsável pela organização dos uniformes e dos materiais de jogo e, por isso, fica os 90 minutos dentro do vestiário. Ansiosamente, ele acompanha as partidas pelo radinho.

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