Russos viverão incerteza até o dia da abertura

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
01/08/2016 às 11:21.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:05
 (FRANÇOIS XAVIER MARIT/AFP)

(FRANÇOIS XAVIER MARIT/AFP)

A lista definitiva de atletas russos autorizados a participar dos Jogos Olímpicos do Rio não dependerá apenas da orientação das federações das diferentes modalidades. 

A comissão executiva do Comitê Olímpico Internacional (COI) criou um grupo extraordinário composto pelo presidente da Federação Internacional de Tiro com Arco, o turco Ugur Erdener; a ex-esgrimista alemã Claudia Bokel e o espanhol Juan Antonio Samaranch, filho do ex-presidente do COI de mesmo nome, que analisará caso a caso e terá a última palavra nas situações ainda pendentes.

A promessa é de que até a manhã de sexta-feira, dia da cerimônia de abertura, a composição final da delegação russa seja oficializada.

Alguns dos atletas impedidos de competir por não respeitar os critérios estabelecidos pelo COI – estar livres de resultados positivos em exames antidoping nos últimos dois anos e não integrar o “Relatório McLaren”, investigação independente feita a pedido da Agência Mundial Antidoping (Wada) –, ainda tentam obter a liberação para brigar por medalhas no Brasil.

Depois de Vladmir Morozov e Nikita Lobintsev, dois dos principais expoentes da natação russa, ontem foi a vez de a também nadadora Yuliya Efimova, tricampeã mundial, recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS) que, pela primeira vez na história, terá um tribunal extraordinário montado em uma sede olímpica.

Dos 387 atletas classificados inicialmente, 121 foram impedidos de defender a Rússia nos Jogos do Rio, com destaque para todo o time de atletismo.
Um dos principais destaques do grupo, a bicampeã olímpica do salto com vara Yelena Isinbayeva confirmou que virá ao Brasil como uma das dirigentes da delegação de seu país.

A saltadora, que pretendia se aposentar depois da participação nos Jogos do Rio, planeja apresentar seu nome para a comissão de atletas do COI, que tem influência direta na tomada de decisões da entidade.

Conduta

O COI confirmou ainda a criação da Unidade Integrada de Inteligência, com a missão principal de identificar situações que ameacem os valores e a integridade dos Jogos. Com o apoio da Interpol e da Polícia Federal, agentes vão monitorar comportamentos suspeitos de atletas e técnicos – especialmente no que diz respeito à ação de apostadores e a manipulação de resultados. 

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