Sérgio Coelho pede árbitro neutro à Conmebol, critica recepção argentina e diz que vai ter troco

Thiago Prata
@ThiagoPrata7
15/07/2021 às 17:05.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:25
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

Nesta quinta-feira (15), o presidente do Atlético, Sérgio Coelho, fez um desabafo contra o Boca Juniors e as autoridades argentinas. Segundo ele, a delegação alvinegra foi muito mal recepcionada durante o tempo em que esteve em Buenos Aires, onde o Galo enfrentou e empatou com os xeneizes em 0 a 0, na última terça (13).

Além disso, o mandatário atleticano afirmou que o troco virá na mesma moeda e pediu a Conmebol um árbitro isento para o duelo de volta, na terça-feira (20), no Mineirão, após tanta pressão feita pelos hermanos.

Confira abaixo os trechos desse desabafo do presidente do Galo:

Chegada a Buenos Aires
"Foi uma decepção total. Começando pela chegada, quase meia-noite. Fizeram com que todos os membros da nossa delegação passassem por testes contra Covid-19, sendo que todos nós fomos testados no domingo, no dia da viagem, e todos os testes eram negativos. Foram duas horas esperando sair o resultado, de madrugada, com muito frio na Argentina, e fomos chegar ao hotel próximo das 3h da manhã (de segunda-feira)"

Ofensas a Cuca
"Não fomos recebidos como esperado. Como era de costume. A comissão técnica do Boca pressionou insistentemente durante todo o jogo nosso treinador Cuca, inclusive com ofensas morais, do início ao fim do jogo, com participação do técnico do Boca"

Tratamento à diretoria
"Nos colocaram num canto do estádio, com visibilidade horrível, sendo que todos os outros pontos do estádio estavam vazios. Ficamos ao deus dará"

Saída de La Bombonera
"Nós, da diretoria, estávamos saindo, e a segurança do Boca nos impediu de prosseguir. Ficamos 40 minutos no corredor tomando corrente de vento, sem dar continuidade. Não entendemos o porquê, uma vez que não tinha torcedor. Disseram que era por segurança. A não ser que fosse que os próprios membros do Boca fossem nos agredir"

Anulação do gol do Boca
"O lance era para ser anulado sim. Todos podem comprovar pelo tape. O atacante do Boca empurrou com as duas mãos nosso defensor Nathan (Silva). Isso é fato. Além da decisão do juiz ter sido correta depois de ter visto o VAR, o pessoal do VAR confirmou a falta. Tem gravações da conversa deles. Eles (Boca) não têm o que reclamar"

Pressão
"Acordei próximo de 6h da manhã (de quarta). E até nossa saída do hotel, a mídia só noticiava esse lance (do gol anulado). Ficou nítida a intenção de pressionar a Conmebol. Não vamos aceitar pressão. (...) Acreditamos na Conmebol, na isenção da entidade. Que indiquem um árbitro de primeira linha, que não venha com peso da pressão que está sendo feita. Que venha um árbitro neutro e que faça seu trabalho honestamente"

Retorno conturbado
"Fomos para a sala de embarque internacional e ficamos parados esperando lá por um bom tempo. Depois veio a notícia de que não era naquele lugar. Entramos nos ônibus, viajamos mais dez minutos para outro embarque e nos deixaram dentro do ônibus durante meia hora para depois liberar nosso embarque. Ficamos duas horas nesse vai e vem para embarcar. Não esperávamos isso deles (argentinos)"

E a volta?
"Eles serão recepcionados da mesma forma que nos receberam, exatamente igual”

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